Questão dominou encontro internacional em Estrasburgo, com 60 representantes de 24 países
Estrasburgo, França, 02 jun 2016 (Ecclesia) – O Encontro Europeu de Capelães Prisionais, que terminou esta quarta-feira em Estrasburgo, França, sublinhou a importância de salvaguardar a liberdade religiosa dos reclusos, face ao aumento da “violência e do extremismo religioso” nas cadeias.
As conclusões do encontro, enviadas à Agência ECCLESIA, realçam que nenhum recluso, independentemente da sua condição, deve ser “privado da sua inalienável dignidade e dos seus direitos”, que incluem “a liberdade de expressão e de religião”.
O encontro europeu em Estrasburgo, que contou com a participação de cerca de 60 representantes da pastoral das prisões, vindos de 23 países, teve como pano de fundo a “radicalização” religiosa no meio dos estabelecimentos prisionais.
Os participantes recordam o que está consagrado na Convenção Europeia dos Direitos Humanos, que afirma o “direito de cada pessoa a manifestar a sua religião em privado ou em público e mesmo “o direito a mudar de religião ou de crença”.
Destacam ainda o papel do capelão prisional enquanto “promotores do respeito pelos direitos humanos” e do “bem-estar” dos presos, não só em termos espirituais mas sociais.
“Os capelães podem ser também um instrumento válido na educação para o respeito pelas várias crenças. Uma espiritualidade autêntica abre sempre à paz e ao respeito pelo outro”, pode ler-se.
Promovido em parceria pelo CCEE, pela Missão Permanente da Santa Sé ao Conselho da Europa e pela Comissão Católica Internacional da Pastoral das Prisões, o Encontro Europeu de Capelães Prisionais serviu de preparação para o Jubileu dos Presos.
Um evento inserido no Ano da Misericórdia que a Igreja Católica está a promover e que vai ter lugar dia 6 de novembro em Roma.
JCP