Bento XVI aprovou, no passado sábado, o decreto relativo a um milagre atribuído a Frei António Galvão, o primeiro Beato nascido no Brasil. Está assim aberto o caminho para a sua canonização, que poderia acontecer já em 2007, quando o Papa visitar este país. Frei António de Sant’Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, cidade não muito distante do Santuário nacional de Nossa Senhora de Aparecida. Frei Galvão nasceu em 1739 de uma família profundamente piedosa e conhecida pela sua grande caridade para com os pobres. Baptizado com o nome de António Galvão de França, depois de ter estudado com os Padres da Companhia de Jesus, na Bahia, entrou na Ordem dos Frades Menores em 1760. Foi ordenado Sacerdote em 1762 e passou a completar os estudos teológicos no Convento de São Francisco, em São Paulo, onde viveu durante 60 anos, até à sua morte ocorrida a 23 de Dezembro de 1822. Beatificado em 1998, foi considerado por João Paulo II como a “doçura de Deus”. Além deste decreto, foram ainda promulgados pelo Cardeal Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, outros três relativos a milagres atribuídos a três Beatos, religiosos da Polónia, Holanda e frança. Outros quatro decretos abrem caminho para a beatificação de dois religiosos da Polónia, uma da França e um da Itália. Como noutras ocasiões, o maior número de decretos refere-se ao martírio de católicos durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39). Neste caso, o número de mártires reconhecidos foi de 69. Outros três mártires brasileiros, “assassinados por ódio à fé” em 1924, estão também a caminho dos altares. O Papa aprovou ainda decretos relativos às virtudes heróicas de quatro religiosos, provenientes da Argentina, Cuba, Hungria e Itália.