Primeira Santa indiana canonizada no Vaticano

Bento XVI presidiu a cerimónia em que proclamou quatro novos Santos para a Igreja, da Índia ao Equador Bento XVI proclamou quatro novos Santos este Domingo, na Praça de São Pedro. Entre os fiéis canonizados encontra-se a primeira mulher indiana a ser reconhecida pela Igreja como Santa. A Ir. Alfonsa da Imaculada Conceição (Anna Muttathupadathu) viveu no Estado de Kerala e esta canonização ocorre num momento particularmente simbólico, dado que os cristãos na Índia sofrem uma dura perseguição, que custou já a vida a dezenas de pessoas e causou dezenas de milhares de desalojados. Além da beata indiana foram canonizados o sacerdote italiano Gaetano Errico; a suíça Maria Bernarda Butler, evangelizadora do Equador e da Colômbia e a equatoriana Narcisa de Jesús Martillo Morán. Mais de 5 mil equatorianos marcaram presença no Vaticano, para participar na cerimónia que contou ainda com a presença de diplomatas sul-americanos e de uma delegação oficial do Equador liderada pelo vice-presidente do país. Na homilia, partindo das leituras do dia, o Papa fez notar que “a liturgia apresenta-nos (os novos santos) com a imagem evangélica dos convidados revestidos com a veste nupcial”. “Se a primeira Leitura exalta a fidelidade de Deus à sua promessa, o Evangelho – com a parábola do banquete nupcial, faz-nos reflectir sobre a resposta humana”, disse, frisando que “à generosidade de Deus deve responder a livre adesão do homem”. “É precisamente este o generoso caminho percorrido também por aqueles que hoje veneramos como santos. No baptismo receberam a veste nupcial da graça divina, conservaram-na pura ou purificaram-na, tornando-a esplêndida no decurso da vida mediante os Sacramentos”, acrescentou. Bento XVI referiu o exemplo da Irmã Alfonsa da Imaculada Conceição, cuja vida comportou grandes sofrimentos físicos e espirituais: “Esta mulher excepcional, hoje oferecida a toda a população da Índia como sua primeira santa, tinha a convicção de que a sua cruz era um dos melhores meios para alcançar o banquete celeste para ela preparado pelo Pai. Aceitando o convite para a festa de núpcias, e adornando-se com a veste da graça de Deus através da oração e da penitência, ela conformou a sua vida à de Cristo e agora delicia-se com os pratos suculentos e vinhos deliciosos do reino dos céus”. A jovem leiga equatoriana Narcisa de Jesus Martillo Moran foi apresentada como “exemplo acabado de uma resposta pronta e generosa ao convite que o Senhor nos faz a participar do seu amor”. “Santa Narcisa de Jesus mostra-nos um caminho de perfeição cristão acessível a todos os fiéis” sublinhou o Papa. (com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa

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