O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, D. Claudio Maria Celli, presidiu a duas cerimónias, em Veneza e em Roma, nas quais se prestou reconhecimento ao jovem cineasta argentino Daniel Burman, pelo seu testemunho de busca do significado espiritual da vida. A 2 de setembro, o prelado italiano entregou a Burman, no contexto do Festival de Cinema de Veneza, o Prémio Robert Bresson, da responsabilidade Fundação Italiana Organismo do Espetáculo, da revista «Il Cinematografo», e dos Conselhos Pontifícios para a Cultura e para as Comunicações Sociais. A 5 de Setembro, o próprio Arcebispo Celli presidiu à recepção que a embaixada argentina na Santa Sé organizou em Roma. Nesta ocasião, o prelado defendeu que, nos seus filmes, Burman “dá um testemunho sempre autêntico neste difícil caminho da busca de significado espiritual para a nossa vida”. “Creio precisamente que a sua contribuição, hoje, consiste nisso: é um homem que busca a sua própria identidade num mundo cada vez mais complexo, difícil, onde nem sempre é fácil dar espaço aos valores, aos sentimentos, aos grandes movimentos do coração do homem”, indicou. Daniel Burman, de origem judaica, é aos 35 anos um dos cineastas mais promissores da nova vaga do cinema argentino. No festival de Berlim de 2004, obteve o grande prémio do júri e o Urso de Prata com o filme “O abraço partido”. Burman, em declarações à Agência ZENIT, admitiu que para ele foi uma surpresa receber um reconhecimento entregue pelo representante do Papa para as comunicações sociais. “É uma grande alegria, pois as motivações são as mesmas que me levam a colocar-me atrás das câmaras: transmitir valores e lançar um olhar pessoal aos personagens e à questão do homem”, explicou. O Prémio Bresson foi entregue no passado a realizadores como Manoel De Oliveira, Giuseppe Tornatore, Wim Wenders, Theo Anghelopoulos, Krzysztof Zanussi, Jerzy Stuhr, Zhang Yuan e Aleksandr Sokurov. Redacção/Zenit