O presidente do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC), D. Gianfranco Ravasi, considera que a anulação da visita de Bento XVI à Universidade romana “La Sapienza” foi “uma página sombria da história da cultura”. Falando da vitória do “fundamentalismo cultural” de uma minoria, o Arcebispo manifestou a esperança de que a maioria reivindique a necessidade do confronto e do diálogo. Em declarações à Rádio Vaticano, o membro da Cúria Romana sublinha que, pela sua natureza, “a cultura é feita de encontro e de diálogo, que pode também supor, num certo momento, a dissonância e a diferença de perspectivas, mas que jamais pode ser definido como cultural quando explode e se torna mera negação, quando se torna mera rejeição, sem a possibilidade, justamente, de um encontro”. “Eu diria que é verdadeiramente insensato que o mundo da cultura não considere também o discurso religioso, o discurso teológico ou o discurso, em sentido lato e também espiritual, que condicionou e enriqueceu, durante séculos, não somente toda a realidade ocidental, mas também a realidade universal”, aponta.