Presidente do CELAM aponta prioridades para Aparecida

O Cardeal Francisco Javier Errázuriz, presidente do Conselho Episcopal da América Latina (CELAM), apontou as questões da pobreza e do compromisso dos cristãos na sociedade como prioridades para a V Conferência Geral dos Bispos desta região, classificando classificou como “escandalosa” a desigualdade social entre os latino-americanos. Para o Cardeal chileno, um dos três presidentes da Conferência de Aparecida, que será inaugurada por Bento XVI a 13 de Maio, outras questões importantes são as grandes migrações, o narcotráfico, o terrorismo e o direito à vida, novos problemas emergentes de uma realidade regional após os impactos da globalização. “É um escândalo que um continente como o nosso, onde a grande maioria das pessoas é baptizada, seja um dos lugares onde há mais desigualdade”, apontou. Em declarações à Agência ANSA, D. Errázuriz frisou que “quando o Cristianismo não dá os frutos de compromisso social, evidentemente há uma redução da sua mensagem” A V Conferência Geral Episcopal da América Latina e do Caribe, que será realizada no Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida (Brasil), servirá para reflectir sobre a situação dos cristãos no mundo actual. Neste sentido, o presidente do CELAM destacou as mudanças que a sociedade sofreu desde a realização da última Conferência, em 1992, e “as influências culturais da Europa, que chegam com força e colocam novos problemas éticos”. Quanto à viagem do Papa ao Brasil, este responsável indicou que, embora Bento XVI “não tenha os gestos espectaculares de João Paulo II, enche de forma incrível a Praça de São Pedro”. O Cardeal mostrou-se convencido de que a visita “será um grande bem para todos nós, na América Latina”. No final da Conferência, que durará 19 dias, será redigido um documento de conclusões, uma grande orientação pastoral para toda América Latina”. Falando à Rádio Vaticano, D. Francisco Javier Errázuriz lembrou que, depois do Concílio Vaticano II, “registou-se em muitos grupos da América Latina uma forte radicalização, muitas vezes de carácter revolucionário”, lamentando a “formação insuficiente” desses cristãos.

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