Presidente da CNIS quer menos cortes

Padre Lino Maia alerta para situações de dificuldade que afetam várias Instituições de Solidariedade

Fátima, Santarém, 13 nov 2013 (Ecclesia) – O presidente da Confederação Nacional das Instituições (CNIS) afirmou que os governantes portugueses têm de abandonar a política centrada nos “cortes” e dar prioridade aos problemas das pessoas.

“É importante que comecemos, de uma vez por todas, a pensar que os cortes não resolvem tudo”, disse à Agência ECCLESIA o padre Lino Maia, em Fátima, à margem de um encontro com a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), cuja assembleia plenária se conclui esta quinta-feira.

Segundo este responsável, uma visão “meramente financeirista, economicista” dos problemas do país não ajuda a população.

“As pessoas são superiores, são mais importantes do que os números”, sublinhou.

O presidente da CNIS manifesta-se contra a “psicose, esta tentação de tudo resolver com cortes”.

Para o padre Lino Maia, dado o atual momento de crise económica, as Instituições de Solidariedade enfrentam “imensas dificuldades” e “não podem fazer mais”.

“Todas as instituições precisam de meios para continuarem a responder às muitas solicitações”, acrescentou.

O setor social vai beneficiar de um fundo de 30 milhões de euros para reestruturar as Instituições Particulares de Solidariedade Social, para o qual também contribui.

“Esse fundo pode ser importante, porque as instituições estão com imensas dificuldades, mas não resolve tudo”, adiantou o sacerdote.

O padre Lino Maia acompanhou a visita realizada pelos membros da CEP à Unidade de Cuidados Continuados Bento XVI, da União das Misericórdias Portuguesas, que acolhe pessoas com demências, em Fátima.

“Uma instituição como esta é extremamente importante, vai ser certamente também uma escola para os nossos lares”, referiu.

As associações reunidas na CNIS, muitas delas ligadas à Igreja Católica, empregam perto de 200 mil pessoas e servem meio milhão de utentes.

OC

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