Francisco deu parabéns à primeira-dama pelo seu aniversário natalício
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano
Roma, 19 mar 2013 (Ecclesia) – O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, convidou hoje o Papa Francisco a visitar Portugal, tendo como pano de fundo o “centenário das aparições de Fátima”, em 2017.
“Como tinha pensado, disse ao Santo Padre que seria uma grande alegria para os portugueses que ele pudesse visitar Portugal”, disse aos jornalistas, na embaixada portuguesa junto da Santa Sé, em Roma.
O presidente e Maria Cavaco Silva foram apresentados ao Papa pelo chefe do protocolo da Secretaria de Estado do Vaticano, monsenhor José Bettencourt, luso-canadiano, durante a sessão de cumprimentos na Basílica de São Pedro às mais de 130 delegações oficiais presentes na cerimónia de inauguração do pontificado.
Cavaco Silva disse ainda ter recordado a “ligação estreita” de João Paulo II (1920-2005) ao santuário da Cova da Iria.
A referência a Fátima foi, segundo o presidente português, “corroborada” pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, um dos responsáveis da Igreja Católica que estudou mais de perto o chamado ‘terceiro segredo’, relativo ao teor das aparições relatadas pela irmã Lúcia (1907-2005).
“É óbvio que ele [Papa Francisco] não respondeu imediatamente que ia lá, mas eu insisti que com certeza numa data tão importante para a Igreja portuguesa e para o mundo, dada a importância do Santuário de Fátima, todos esperaríamos que o Santo Padre estivesse presente”, adiantou Aníbal Cavaco Silva.
O presidente revelou também que o Papa Francisco deu os parabéns à primeira-dama pelo seu aniversário natalício, que celebra hoje.
“O Papa começa por dirigir-se à minha mulher, felicitando-a calorosamente pelo seu aniversário”, declarou.
“Encontrei de facto um Papa muito afetuoso, com um permanente sorriso nos lábios, muito próximo das pessoas, com um ar muito simples”, acrescentou.
O presidente da República aludiu, por outro lado, às “relações multiseculares, de amizade e sempre muito leais”, existentes entre Portugal e a Santa Sé e também com a figura do Papa, contactos que começaram a partir da fundação do país, em 1143, “quando um Papa reconheceu o primeiro rei português”, D. Afonso Henriques.
“Foi um encontro rápido, como não podia deixar de ser, mas pareceu-me encontrar um homem capaz de cativar, com gestos e com poucas palavras, até este momento, e que de alguma forma ganhou a simpatia do mundo”, observou ainda.
Entre 150 e 200 mil pessoas acompanharam a cerimónia de início solene do pontificado do Papa Francisco, segundo uma estimativa do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
OC