Presidente chinês diz apoiar liberdade religiosa

O governo chinês declarou que o país apoia a “liberdade religiosa” e quer a “a ajudar os fiéis de todas as religiões que estiverem em dificuldades”. As declarações foram feitas pelo presidente Hu Jintao, durante uma inédita “sessão de estudos” do Partido Comunista da China, sobre o tema “religião”. O depoimento foi interpretado como um sinal positivo para a Santa Sé, que não mantém relações diplomáticas com a China desde 1951, ano em que o Núncio Apostólico no país passou a ser considerado “persona non grata”, transferindo-se para Taiwan. Apesar destas declarações, a agência missionária de notícias AsiaNews informa que muitos católicos “clandestinos” não poderão participar na Missa deste Natal, pois os seus bispos e sacerdotes se encontram em prisão domiciliar. Para essas pessoas, o único modo de celebrar o nascimento de Jesus é através das transmissões da Rádio Vaticano. “A falta de sacerdotes e de liberdade em muitas regiões da China faz com que muitos empreendam viagens de até 50 km, para participar da Missa do Galo”, refere a AsiaNews. Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”, ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis. A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado. (Com Rádio Vaticano)

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top