“Daqui a mil anos gostaria que os visitantes encontrassem provas que pensámos neles com mil anos de antecedência” – defendeu o reitor do Santuário. Fátima respira a dois pulmões, um na Cova da Iria, local do Santuário com maior concentração de peregrinos e de grandes celebrações ao ar livre enquanto que o outro pulmão, os Valinhos, proporciona o silêncio, um local de “profunda intimidade com Deus”. Estes dois pulmões serão, no futuro, ligados por um corredor verde, uma passagem pedonal superior, junto à casa do Clero, na avenida papa D. João XXIII – sublinhou Luciano Guerra, Reitor do Santuário de Fátima, nas Jornadas “Valinhos e Aljustrel, o outro pulmão do Santuário” realizadas dias 28 e 29 deste mês. E acrescentou também que a permanência dos locais das Aparições do Anjo, em Aljustrel e Valinhos, sejam “preservados sem grande intervenção humana”. “Fátima tem um longo futuro à sua frente” assinalou o reitor que defendeu ter proposto como tema destas jornadas “Aljustrel em 2917”. “Gostaria que os visitantes dessa altura encontrassem provas que pensámos neles com mil anos de antecedência”. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Armindo Janeiro, coordenador do Programa “90 Anos das aparições do Anjo e de Nossa Senhora do Rosário aos três Pastorinhos de Fátima” salientou que para os “casos mais difíceis faltam instrumentos legais”. Na Cova da Iria “já existe ordenamento” mas no caso de Aljustrel é “mais difícil”. Durante a manhã de hoje (29 de Abril), o Pe. Armindo Janeiro referiu que fez-se “o percurso do trabalho do Santuário ao longo dos 90 anos”. Neste momento, os Valinhos “tem 70 hectares” e o santuário de Fátima “tem cerca de 45 hectares já adquiridos”. Estes locais – afirma o coordenador – devem ter “sem um equilíbrio entre o ambiente e a espiritualidade”. A preservação e a “não intervenção demasiada naqueles lugares” são fundamentais apesar destes receberem anualmente “cerca de 2 milhões de visitantes (cerca de metade dos que visitam a capelinha) – disse o Pe. Armindo Janeiro.