Presépios: das origens à atualidade

Representação viva do nascimento de Cristo foi inaugurada por São Francisco de Assis

Lisboa, 24 dez 2012 (Ecclesia) – O presépio, presente nas casas de milhões de cristãos, surgiu na véspera de Natal de 1223, quando São Francisco de Assis armou pela primeira vez a representação da cena do nascimento de Cristo, recorrendo a figuras vivas.

A ideia partiu de um convite feito pelo santo aos fiéis de Rieti, atual Itália, para com ele celebrarem o Natal na missa, tendo sido nesse contexto que foram adicionados outros elementos, sobretudo animais, explica frei Hermínio Araújo ao programa da Igreja Católica na Antena 1.

“O Menino frágil e pequenino suscitava no coração de São Francisco todo um mecanismo de ternura e afeto”, refere o religioso, para quem “a forma como a comunidade cristã procura celebrar o Natal não é tanto a partir da lógica da razão, mas sobretudo da lógica do coração”.

[[v,d,1705,]]Séculos depois, o presépio barroco tornou-se um “teatro do mundo” com “figuras, cenários e paisagens elaboradas”, refere monsenhor Arnaldo Pinto Cardoso, autor do livro ‘O Presépio Barroco Português’, que realça a figura simbólica do “dorminhoco”, um homem “alheado de tudo” evocando a desatenção à novidade do nascimento de Jesus.

A representação está concentrada num “evento extraordinário e único”, o nascimento de Jesus, “referência essencial sem a qual o presépio não existe”, a que se acrescentam “cenas da vida real, como praças, fontanários, obeliscos, casas e povoações”, onde “nada praticamente escapa”.

PRE/RJM

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