O Presépio na Cidade está de volta a Lisboa. Esta iniciativa começou no dia 5 de Dezembro e vai continuar até ao dia 22 de Dezembro. Os promotores da iniciativa não contam este ano com um espaço concreto para fixarem a tenda, mas isso não impediu que várias actividades se desenrolassem e ficassem previstas. “Vamos ao encontro das pessoas nos hospitais, nas prisões, às maternidades e fazê-mo-lo com muita dedicação” afirma à Agência ECCLESIA uma das promotoras do Presépio na Cidade. Desde 2000 que algumas iniciativas se repetem. A bênção das grávidas que terá lugar no próximo dia 19, pelas 19h00, na Igreja Nossa Senhora dos Navegantes no Parque das Nações, celebração presidida por D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa. “A bênção das grávidas é uma das iniciativas mais queridas do ‘Presépio na Cidade’”, refere Sofia Guedes, mais agora que se vive a discussão da Interrupção Voluntária da Gravidez. “Queremos promover a vida com a ajuda de Nossa Senhora”. Os organizadores estão também a promover um concerto/oração pela vida para o dia 22, às 21h30, no mesmo local “e pedimos que apareçam todos com uma vela para juntos rezarmos pela vida”. As visitas que fazem inseridas nesta grande actividade, percorrem toda a cidade. No ano 2000 os promotores desta iniciativa, começaram a visitar vários locais, onde estabeleceram uma ligação “que nos faz voltar aos locais”, e todos os anos vão acrescentando novos locais com mais voluntários que se juntam ao projecto no geral e às iniciativas em particular. O presépio, pequeno e pobre “mas que nos diz muito” foi este ano montado na paróquia de Santos, em Lisboa, que tem uma população pobre e idosa: “Esta iniciativa foi acolhida por eles com muita alegria, porque ali não havia este tipo de iniciativas. O acolhimento deixou-nos muito satisfeitos”. Andam um pouco “como os pastores, pela cidade com várias iniciativas”, explica Sofia Guedes relembrando que hoje mesmo estiveram na Maternidade Alfredo da Costa, onde percorreram todas as enfermarias “agradecendo e enaltecendo a vida dos filhos das mulheres que lá se encontravam”. É difícil contabilizar os voluntários que se juntam ao Presépio na Cidade, porque “os voluntários vão variando conforme os dias e as actividades”, conta Sofia Guedes. Este ano toda a iniciativa do “Presépio na Cidade” está ligada à cultura da vida. “Não é por caso que este tempo de reflexão até ao referendo começa com o advento porque é a altura em que nós, mais do que nunca, falamos da família”. Sofia sente que as pessoas estão muito abertas e têm um instinto maternal muito grande e “isso é muito bonito de descobrir através do presépio”. O grupo “Presépio na Cidade” não está envolvido directamente com as plataformas da campanha pelo Não, “mas todos nós estamos já envolvidos a nível pessoal na questão do aborto”. Sofia Guedes participa da Federação Portuguesa pela Vida desde 1997. Muitas pessoas estão “adormecidas e não tem consciência do que se vai fazendo a favor da cultura da vida”, sendo o presépio uma boa demonstração, porque “as pessoas envolvem-se quando lhes dermos a conhecer o trabalho que é feito” conclui.
