Preparativos decorrem a bom ritmo

D. Carlos Azevedo diz que viagem do Papa a Portugal já está a dar frutos, dentro e fora da Igreja

A uma semana da chegada do Papa a Portugal, o Coordenador-geral da Visita, D. Carlos Azevedo, mostra-se satisfeito com o andamento dos preparativos, afirmando que já se notam alguns frutos, dentro e fora da Igreja.

Em entrevista ao site oficial da viagem (www.bentoxviportugal.pt), o prelado sublinha que, para quem trabalhou durante meses na preparação deste acontecimento, estes últimos dias vão proporcionar “o gozo de ver aparecer aquilo que se sonhou”.

O verdadeiro balanço da preparação só poderá ser feito depois de Bento XVI partir, referiu o Bispo Auxiliar de Lisboa, admitindo que com a experiência adquirida nestes meses mudaria algumas coisas, se fosse possível voltar atrás.

Mas sobretudo, acentua, nota-se uma “onda de dinamismo crescente e isso é gratificante”.

“As pessoas telefonam a dizer que querem estar, querem ajudar, querem participar”, disse, referindo que embora as suas propostas agora já não possam ser aceites o que importa é o entusiasmo que se está a gerar.

D. Carlos Azevedo sentiu as “dores da organização” mas não está preocupado com as “dores da mobilização”, até porque elas estão distribuídas por Lisboa, Fátima e Porto.

Este responsável afirma ao site oficial da visita papal que a mobilização tem vindo num crescendo, com o despertar do interesse nas paróquias e nas pessoas em participarem “neste momento espiritual único”.

“Há alguma coisa que salta dentro das pessoas quando vêem alguém que é diferente, porque não tem só um peso de governo mas tem atrás de si um peso de quem representa. E isso é alguma coisa que se sente e as pessoas vibram, nem se sabe explicar como, correm atrás, explodem de alegria e vibram e pode isso refazê-las”, disse.

Dos frutos que a preparação já deu sublinhou o trabalho que tem sido feito a nível da mobilização pelo Grupo de Comunicação Social da Comissão Organizadora, considerando mesmo que se trata de um marco na história da Igreja Católica em Portugal.

“Acho que será muito interessante analisar o impacto que isto terá em muitas pessoas que trabalham na Comunicação Social e que poderão ver que há um salto qualitativo de organização da própria Igreja e também de formação de pessoas que agora vão estar mais atentas e de modo novo àquilo que acontece por parte da Igreja”, afirmou.

Outro fruto importante destes meses de preparação é o melhor conhecimento que as pessoas em geral, e o povo cristão em particular, começaram a ter da figura do Papa Bento XVI.

Recordando que não é por acaso que as livrarias têm actualmente cerca de 50 livros sobre Bento XVI, traduzidos para português, o Coordenador-geral da visita considera que foi ganha a luta para conseguir dar a conhecer o pensamento do Papa.

Uma luta que foi tanto mais difícil pelo facto de o Cardeal Joseph Ratzinger ser “um Papa que, fundamentalmente, é pelas ideias que é estimado. Não tanto pela imagem, não tanto pela simpatia, mais popular”.

“A preparação já deu para muitas paróquias e muitos cristãos darem conta do Papa que tinham e não daquele que a Comunicação Social muitas vezes reduzia a uma dimensão mais imediata, não à pujança intelectual, ao vigor do pensamento que este Papa tem”, indica.

Bento XVI visita Portugal de 11 a 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.

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Agência ECCLESIA

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