Arcebispo de Glasgow fala do «grande progresso ecuménico» que se tem verificado no seu país
Bellahouston Park, em Glasgow, acolhe na tarde de dia 16, a primeira grande celebração eucarística do Papa em território britânico, num evento que deverá contar com a presença de 100 mil pessoas.
O arcebispo de Glasgow, em declarações à Rádio Vaticano, afirmou que se trata de “uma visita muito importante para a nação escocesa”.
D. Mário Conti recorda que a Escócia tem uma identidade histórica e cultural diferente de Inglaterra, “até a nível religioso, já que a sua Igreja é presbiteriana”.
Actualmente, existem cerca de 800 mil católicos na Escócia, entre um universo de 5 milhões de habitantes.
“Diria que a maioria do povo escocês, católico ou não, está muito orgulhosa por receber o Papa” sublinha D. Mário Conti, traçando uma comparação com o que aconteceu à 30 anos atrás, durante a passagem do Papa Paulo VI, em que “vieram algumas vozes de protesto dos cristãos da Reforma”.
“É um sinal de grande progresso que fizemos juntos no mundo ecuménico” acredita aquele responsável.
O lema da passagem de Bento XVI pela Escócia defende a figura de Jesus Cristo como “uma esperança que não decepciona”.
Convidado a reflectir até que ponto é que a mensagem do Papa poderá contribuir para renovar o testemunho cristão na sociedade local, o arcebispo de Glasgow disse que ela poderá ser determinante, num tempo em que “é muito fácil perder a esperança, diante dos problemas económicos, políticos e familiares”.
“Para muitos cristãos, Jesus é o caminho, a verdade e a vida, é quem nos dá a vida em abundância. Por isso, trata-se de uma lema muito importante” sublinhou ainda.
A chegada de Bento XVI coincide com o dia em que o país celebra S. Nini, aquele que foi o primeiro evangelizador da Escócia, responsável pela introdução da fé cristã na região.
O prelado considera uma honra poder “acolher o Bispo de Roma no dia da festa do primeiro santo da Escócia”, já que o próprio S. Nini fez toda a sua formação religiosa em Roma.
