Pouca sensibilidade para a Europa Social

Sublinham os militantes da LOC/MTC e da sua congénere espanhola e pedem «nova ordem mundial» Os membros da LOC/MTC e da HOAC pedem para que seja criada “uma nova ordem mundial, em que a economia assente em princípios éticos e seja orientada a partir da centralidade da pessoa e do bem comum e não em objectivos de mercado e exclusivamente económicos”. Reunidos na cidade da Covilhã, de 9 a 11 deste mês, a LOC/MTC – Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal e a HOAC – Hermandad Obreira da Acción Católica de Espanha, Movimentos de Trabalhadores Cristãos, reflectiram em conjunto, a situação do mundo do trabalho, as eleições para o Parlamento Europeu, a vida e a acção dos dois Movimentos, assim como preparar a Assembleia Mundial do MMTC – Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos que se realiza no próximo mês de Outubro em França. Para além da questão do aumento do desemprego, os militantes destes organismos fizeram referência “aos baixos salários e reformas, o trabalho precário e clandestino, a flexibilização e desregulamentação dos horários e ritmos de trabalho”. No comunicado final enviado à Agência ECCLESIA sublinha-se que “os imigrantes, que tem sido factor de crescimento económico, de enriquecimento cultural e aumento da população, continuam a ser os primeiros a sofrer as consequências da falta e da precariedade do trabalho. São-lhe ainda dificultadas a legalização e integração nos países que os acolhem, não sendo também claras as intenções das políticas de apoio de retorno e reagrupamento familiar que estão a ser aplicadas em Espanha. Quanto à directiva europeia consideramo-la indigna e inaceitável”. Foi ainda salientada também “a pouca sensibilidade dos trabalhadores e dos cidadãos relativamente ao significado da Europa Social e o abstencionismo que tem sido verificado em anteriores eleições para o Parlamento Europeu”. Considerando que hoje a Europa também determina a política social e económica dos vários países membros, “pensamos ser fundamental que os cidadãos se envolvam neste processo, conhecendo os vários projectos e programas para a Europa que cada grupo político apresenta. Torna-se por isso fundamental que em cada país se realizem debates sobre o que é a Europa Social e o significado destas eleições” – lê-se no comunicado final Os momentos actuais “devem ser considerados como tempo favorável à mudança de hábitos de consumo, de novos estilos de vida, em que a participação activa nas comunidades e nas estruturas sociais, sindicais e políticas seja um constante desafio, contribuindo assim para a missão evangelizadora da Igreja”.

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR