Repúdio pela utilização de métodos contraceptivos em questão O Bloco de Esquerda manifestou-se contra as declarações proferidas por José Pedro Ramos Ascensão, presidente da associação Mais Família, relativas às conclusões do congresso “A linguagem corporal do amor numa visão integral do homem”, que no passado fim-de-semana juntou diversas associações “pró-vida”. Os mais 500 participantes no congresso concluíram que a contracepção é “o primeiro momento em que se desvinculam as duas funções – a unitiva e procriativa – do sexo”. Com esta «revolução sexual» verificou-se uma separação daquilo que a natureza mantinha ligado: “sexo, amor, matrimónio e filhos (família)” –frisou à Agência ECCLESIA Ramos Ascensão. Para o Bloco de Esquerda “estas afirmações surgem num momento em que, no contexto Europeu, o nosso país ocupa o topo das tabelas relativas ao número de casos de gravidez na adolescência, e dos novos casos de infecção do VIH/SIDA, devendo-se a grande maioria destes casos à transmissão por via sexual.” O comunicado enviado à Agência ECCLESIA acrescenta que “elas revestem-se de uma enorme irresponsabilidade”. O Congresso foi encerrado com o discurso do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, o qual recordou na altura que “neste mistério do amor não podemos ficar prisioneiros das análises culturais: saber quantos noivos guardam a virgindade para o seu esposo, quantos esposos são infiéis, em que idade os jovens iniciam a sua vida sexual, num objectivo escondido de mostrar que o ideal cristão falhou.” “Todas essas realidades são sintomas de uma sociedade que procura a vida, mas ainda não descobriu o caminho que leva a ela. É que o nosso corpo, se exprime o amor, pode também exprimir, dolorosamente, o fracasso e a desilusão”, recordou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Notícias relacionadas • «Corpo Humano e Corpo de Deus» • Combater a visão contemporânea da sexualidade
