Portugueses redescobrem Francisco Xavier a Oriente

Um grupo de portugueses partiu em peregrinação à Índia. 17 dias em que visitaram o Santuário de São Tomé, em Chennai (Meliapor), São João de Brito (Oriyur, Madurai), São Francisco Xavier (Goa), e a zona de Cochim, participando também na festa de São Francisco Xavier, assinalada no dia 3 de Dezembro. Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Padre João Caniço, acompanhante espiritual e cultural desta peregrinação que juntou 29 portugueses, dá conta do acolhimento que foram alvo e da impressão com que os peregrinos voltaram da Índia: os espírito de fé que encontraram nas comunidades visitadas. Vários foram os locais por onde passaram. “Começámos por São Tomé, em Chennai. Aqui missionou São Francisco Xavier (1542 e 1543) e São João de Brito (1678)”, refere o comunicado, explicando que neste lugar de martírio o Padre Francisco Xavier, em 1544, entendeu ser vontade de Deus que ele se dirigisse a Malaca, ponto de encontro de muitos povos, para os evangelizar. O segundo Santo a ser visitado foi São João de Brito, começando-se pela cidade onde missionou e sofreu vários martírios (Tiruchirappalli ou Trichy). Depois de uma visita geral à cidade, e em especial ao Templo da Rocha, dirigiram-se ao Palácio de Tanjore, hoje “património da humanidade”, e cujo rei (marajá) ameaçou de morte a São João de Brito. “Aqui celebrámos a Eucaristia na Igreja Paroquial de Santo António, em Pappakurichy Kattur, cujo pároco se chamava João de Brito em tamil: “Arula Anandar”, refere o comunicado. Entre contactos com a Comunidade Jesuíta, acolhimento de danças tradicionais e cantares, as lembranças são muitas. Subiram montanhas, visitaram aldeias e vilas “por onde passaram os nossos antigos missionários, na ânsia de ensinar o Evangelho e de expandir o Reino de Deus. A forte presença da história portuguesa deixou lembranças: “fortalezas, palácios, igrejas e ermidas. Apesar da passagem posterior holandesa e britânica, há muito de Portugal, na arte, na construção, no museu, no sorriso amigo das pessoas ao descobrir que somos de Portugal, país pequeno, mas admirado pelos feitos históricos e pela grandeza de coração”, anunciam no comunicado. Em Goa “sentimo-nos mais em casa, pela cultura, pelas inscrições na nossa língua, pelas igrejas, pelas pessoas que se abrem logo que nos reconhecem, por um sem-número de pormenores que nos são familiares”. Em Goa ocorreram as celebrações do dia de São Francisco Xavier, numa eucaristia com cerca de 20 mil cristãos. Visitaram o Centro de Investigação Histórica, onde se encontra muita história Indo-portuguesa, “ficando também na memória os grandes monumentos da Velha Goa, o Museu de Arte Cristã Indo-Portuguesa, as Igrejas, a influência da cultura europeia na capital Panjim”, refere o comunicado. A última parte da viagem foi a Nova Delhi, “com jardins espaçosos e toda a sua monumentalidade, dando expressão e vida aos seus 17 milhões de habitantes”. O comunicado manifesta o quanto se sente “o espírito de Mahatma Gandi, cujo “memorial” é visitado diariamente por milhares de pessoas”. As últimas visitas foram ao “emblemático Taj Mahal” e o Palácio Vermelho.

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