Portugal: Voluntariado menos formal tem de «encontrar valorização na revisão da Lei»

Assinala-se esta segunda-feira o Dia Internacional do Voluntariado

Lisboa, 04 dez 2016 (Ecclesia) – O presidente da direção da Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV) afirmou que o voluntariado menos formal tem de “encontrar a sua valorização na revisão da Lei” que “há muito se aguarda”.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca CVP refere que está “confiante” que todos os grupos parlamentares “irão ser impulsionadores da revisão legal que se impõe” sobre o voluntariado menos formal.

“Espera-se, ainda, que a Lei revista venha conceder a igual dignidade e complementaridade entre o trabalho voluntário e o profissional remunerado, reforçando a determinação de ser uma imoralidade a substituição deste pelo não pago”, escreve o presidente da direção da CPV.

A mensagem pelo Dia Internacional do Voluntário, que se celebra esta segunda-feira, explica que a revisão “impõe-se a curto prazo” enquanto a médio prazo a estratégia tem de passar por “uma reflexão abrangente da responsabilidade social das empresas”.

A Confederação Portuguesa do Voluntariado, que congrega atualmente 33 organizações, acrescenta que “aposta no reconhecimento de todo o voluntariado”, tanto nas instituições como o “considerado informal”.

Sobre o voluntariado em instituições “importa estimular as atividades” e “promover a cooperação entre as diferentes instituições” e no voluntariado informal a confederação considera que “importa conhecê-lo melhor, contribuir para a sua qualificação”.

A mensagem destaca também todos os voluntários que “não temem arriscar a sua vida”, nomeadamente nos países em conflito do Médio Oriente, ou nos campos de refugiados, “estando alguns a ser atacados violentamente”.

“Se estar na linha da frente numa das práticas mais exigente da cidadania é motivo de regozijo, não deixa de ser também o que é exercido de forma menos formal”, assinala a CVP.

Eugénio Fonseca manifesta ainda o interesse pelo “incremento” de domínios de voluntariado “insuficientemente assumidos”, como “a consciência coletiva de todo voluntariado, formal ou informal.”

Se o voluntariado formal pode ser conhecido, “sobretudo, a partir das respetivas instituições de enquadramento”, o informal “implica a ação sistemática” da confederação portuguesa com os grupos de “proximidade-residência e suas organizações representativas”.

Fazer do voluntariado promover emprego, “em estreita cooperação” com outras entidades públicas e privadas, ou a sua aposta para o desenvolvimento local, e a criação gradual de condições para que CPV possa “cumprir melhor a sua missão” são outros domínios sugeridos.

A CPV conclui a mensagem para o Dia Internacional do Voluntário manifestando “gratidão” a todas as pessoas que “não se limitam a lutar por melhores condições de vida” para si ou os seus, mas “vivem na utopia realista” que só se leva do mundo o que se dá.

Esta segunda-feira, a confederação e a Câmara Municipal de Lisboa vão assinalar a efeméride a partir das 18h00, no Museu Lisboa, e do programa consta a divulgação dos vencedores do Troféu Português do Voluntariado 2016.

O presidente da  direção da Confederação Portuguesa do Voluntariado recorda que o Dia Internacional do Voluntário foi determinado há 31 anos pela Organização das Nações Unidas. (ONU).

De âmbito nacional e sediada em Lisboa, a CVP congrega atualmente 33 organizações – associações singulares, federações e confederações – com variados objetos de atuação.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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