D. Virgílio Antunes apela à participação nos dias 12 e 13 de maio «não como atividade estéril»
Coimbra, 20 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo Coimbra disse que o Papa Francisco tem “atraído” à Igreja pessoas que tinham “desacreditado” e assinala que a visita de um pontífice “é sempre” um acontecimento nacional e eclesial neste caso “muito centrado” no Centenário das Aparições de Fátima.
“Esta visita pode ser potenciadora de uma nova vaga evangelizadora e a Igreja naturalmente tem de situar-se nesta perspetiva”, afirma D. Virgílio Antunes, uma visita do Papa “é sempre um acontecimento nacional e um acontecimento eclesial”.
À Agência ECCLESIA, o prelado assinala que a visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima nos dias 12 e 13 de maio “não é um acontecimento só em si mesmo” mas vale pelo “significado”, as possibilidades e “o alcance para a realização da missão da própria Igreja”.
O bispo de Coimbra considera que a Igreja em Portugal e a comunidade humana devem estar “muito atentos” porque o Papa Francisco tem tido “uma atitude, uma palavra e uma maneira de ser e de estar” que tem atraído e até “deixado admiradas” muitas pessoas que “tinham até desacreditado na Igreja”.
O antigo reitor do santuário mariano da Cova da Iria destaca que Fátima tem um “potencial de congregar as pessoas” e, nesse sentido, todos se sentem muito felizes que o Papa Francisco viagem como “peregrino de Nossa Senhora e peregrino de Fátima”.
Neste contexto, faz um “apelo muito veemente a todos os cristãos” para que estejam presentes e acompanhem as cerimónias do Centenários das Aparições em Fátima nos dias 12 e 13 de maio com a presença do pontífice argentino mas “não como atividade estéril”.
“Como atividade que produza essa inserção mais plena, mais convicta na vida da Igreja e que leve a um aprofundamento da fé que é o fundamental da própria Igreja”, desenvolveu.
D. Virgílio Antunes destaca que Fátima “tem um lugar ímpar” não só dentro de Portugal mas no mundo, de formas diferentes e contextos.
O antigo reitor do Santuário de Fátima assinala também que a mensagem mariana ali difundida “não é uma realidade ultrapassada” porque vai “à raiz do Evangelho”: “A conversão, a fé em Deus que é a dimensão espiritual da vida, que é a comunhão eclesial.”
“Há aqui algo que é fundamental na história da humanidade, da história da própria Igreja”, observa, “o mundo olha para Fátima e a Igreja olha para Fátima”.
O bispo de Coimbra considera que a diocese, como todas as outras 20 dioceses portuguesas, tem “a vida facilitada” porque o povo de Deus e o senso comum dos fiéis “sente-se atraído e sente-se identificado” com essa mensagem.
Para além da peregrinação anual ao Santuário da Cova da Iria, a piedade popular manifesta-se nas paróquias mas D. Virgílio Antunes refere que não se quere que fique apenas ao nível da realização de ações de cariz popular mas que “tudo esteja ao serviço da missão evangelizadora da Igreja”
“Nossa Senhora concretamente para os portugueses é uma figura materna que une e que reúne e cria condições para a evangelização”, concluiu o prelado.
CB