Instituição apresenta «a mais paritária equipa de gestão das universidades portuguesas», em 2022, e conta com duas reitoras na sua história
Lisboa, 02 fev 2022 (Ecclesia) – A Universidade Católica Portuguesa (UCP) elaborou um ‘Plano para a Igualdade de Género’, que entrou em vigor no mês de janeiro, reforçando o seu “compromisso” com a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens,
“O plano visa incrementar a consciencialização e implementação do tema entre o corpo docente e de investigadores, os estudantes, os alumni e os colaboradores”, explica a UCP, adiantando que foi elaborado com base num diagnóstico relativo ao desempenho da instituição em matéria de igualdade de género.
No documento publicado online, a instituição afirma que a promoção da representação de mulheres “em cargos de liderança tem ocorrido de forma destacada e evidente”.
“Contando com duas reitoras na sua história, apresenta em 2022 a mais paritária equipa de gestão das universidades portuguesas, com 45% de representação feminina”, exemplifica.
Segundo o plano, nas categorias ‘colaboradores’ e ‘investigadores’ há um “claro predomínio do género feminino”, enquanto nos ‘docentes’ existe um “ligeiro predomínio do género masculino”.
Já sobre os estudantes, adianta que a distribuição por género “segue a tendência registada no ensino superior a nível nacional”, uma prevalência do género feminino “no número de inscritos e no número de diplomados”.
A UCP assinala que uma política de igualdade implica a “adoção de mecanismos de avaliação e análise”, a promoção de princípios e normas regulamentares de fomento da paridade, “a formação e educação para uma cultura do reconhecimento e da igualdade entre mulheres e homens, “e o mainstreaming da igualdade de género nas atividades de investigação e ensino”.
O ‘Plano para a Igualdade de Género’ da Universidade Católica Portuguesa, que entrou em vigor no mês de janeiro, tem 20 objetivos estabelecidos e o plano de ação foca-se em seis áreas: Cultura Institucional de Igualdade de Género; Equilíbrio de Género nas Lideranças e Órgãos de Governo; Igualdade de Género no Recrutamento e Progressão; Reconhecimento da Dimensão de Género na Investigação e Ensino; Equilíbrio de Género na Conciliação entre Vida Profissional, Familiar e Pessoal; e Promoção de uma Cultura de Inclusão e de Cuidado.
Segundo o documento, preconiza-se a criação de uma Provedoria para a Inclusão e a Igualdade, de um Observatório para o Desenvolvimento Integral da Pessoa e “mainstreaming dos temas de igualdade na investigação e ensino”.
A instituição lembra que o tema da Igualdade de Género é transversal a diferentes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), “incentivando a mudança de paradigmas sociais, éticos e comportamentais”.
A UCP vai celebrar o seu dia no primeiro domingo de fevereiro, este ano a 6 de fevereiro, e, numa mensagem, a reitora apela a uma defesa “intransigente” da dignidade humana, propondo como tema da celebração um “novo humanismo”.
Nesse dia, o Programa ‘70×7’ entrevista a Isabel Capeloa Gil, a partir das 17h30, na RTP2.
CB/OC