Portugal une-se a campanha de pressão sobre o G8

Organizações católicas do Norte e do Sul do mundo unidas na luta eficaz contra a pobreza, a fome e a doença Portugal uniu-se à campanha “Faça a ajuda funcionar. O mundo não pode esperar”, destinada a interpelar os governos dos países do G8 e os governos de países em desenvolvimento para que assumam a sua responsabilidade na luta eficaz contra a pobreza, a fome e a doença. A Campanha-G8 é lançada pela CIDSE, uma rede internacional de organizações católicas para o desenvolvimento, em especial pelas organizações membro da Alemanha (MISEREOR), Inglaterra (CAFOD e SCIAF) e Itália (FOCSIV). Além disso, participam ainda na campanha a Caritas Internacional (CI) e a União da Juventude Católica da Alemanha (BDKJ). Mais de 100 milhões de crianças nos países em desenvolvimento carecem da oportunidade de frequentar uma escola. Em cada ano,500 000 mulheres morrem no parto, por falta de atendimento médico adequado. E, só na África, há 4 milhões de pessoas com SIDA que não têm acesso aos medicamentos de que necessitam. Em 2005, depois da campanha mundial para a erradicação da pobreza “Make Poverty History”, os governos comprometam-se a aumentar a ajuda aos países pobres e a promover maior alívio das dívidas. Os promotores da iniciativa defendem que “a ajuda tem que atender às necessidades reais e manifestas das comunidades pobres – como, por exemplo, o desenvolvimento de um sistema básico de saúde e de educação – e não às políticas dos países doadores”. Por outro lado, “a ajuda deve ser prestada de forma eficiente e eficaz. Quer dizer, há que se garantir que a ajuda ao desenvolvimento seja previsível e transparente e que não seja vinculada à aquisição de bens ou serviços nos países doadores ou ligada à imposição de políticas injustas e inúteis dos países doadores”. Apelos Os mais de mil milhões de católicos são chamados a unirem-se nesta campanha, para pedir aos países do G8 que estabeleçam um calendário preciso para cumprir a promessa dada em 2005 de destinar 0,51% do Produto Nacional Bruto (PNB) à ajuda de desenvolvimento, até 2010, e 0,7% até 2015. Outros objectivos são “pôr fim à prática de contabilizar os alívios da dívida como parte da ajuda pública ao desenvolvimento” e “garantir que a nova ajuda financeira é dada de forma responsável para não gerar outra crise de endividamento”. Os interessados podem subscrever um abaixo-assinado disponível na Internet (www.caritas.pt). No início de Maio, uma delegação internacional de bispos do Norte e do Sul entregará ao governo alemão as assinaturas recolhidas nos abaixo-assinados, assim como as declarações de apoio recebidas electronicamente.

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