Portugal: Servas de Nossa Senhora de Fátima lançam «Luiza Andaluz Centro de Conhecimento», para promover plataformas de diálogo (c/vídeo)

Irmã Mafalda Leitão sublinha necessidade de «criar linguagem de Deus» para o mundo de hoje

Lisboa, 24 fev 2021 (Ecclesia) – A Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima lançou o ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’, propondo um espaço onde as “pessoas inquietas e buscadoras da verdade” encontram o “rosto de Deus”.

“Queremos alguma coisa que as pessoas vão trabalhar e transformem connosco e nos ajudem a criar esta linguagem de Deus para o mundo de hoje, este rosto de Deus que queremos descobrir e não sabemos. Estamos todos à procura e queremos fazer em conjunto”, disse à Agência ECCLESIA a irmã Mafalda Leitão, em entrevista emitida hoje na RTP 2.

As Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima, acrescentou a religiosa, também querem trabalhar o espaço digital, “o desafio da inteligência artificial na Igreja, na catequese”, as questões éticas que se colocam.

A ideia partiu do desafio de uma sociedade e de um mundo contemporâneo “cheios de contraste, cheio de desafios”, exigindo uma “resposta atualizada”.

A irmã Mafalda Leitão contextualiza que a educação – “global, integral, com uma vertente social” – é um dos “grandes pilares” das Servas de Nossa Senhora de Fátima, procurando integrar a cultura e a espiritualidade no rosto dar a Deus “no século XXI”.

Segundo a entrevistada, para além do desafio do mundo hoje e da inquietude das religiosas numa “resposta contemporânea e atual”, conjugaram-se vários fatores para a criação deste centro de conhecimento como uma “resposta vocacional e atualização da missão” e o centenário da congregação em 2023, sendo um “grande foco inspirador a vida da fundadora”.

Luiza Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo (1877-1973), Luiza Andaluz, nasceu a 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz em Marvila (Santarém), no seio de uma família abastada; tirou o diploma de professora primária e, em 1923, abriu o Colégio Andaluz, instituição que hoje continua através do Politécnico de Santarém, e fundou as Servas de Nossa Senhora de Fátima.

O Papa Francisco aprovou a publicação do decreto que reconhece “as virtudes heroicas” a 19 de dezembro de 2017.

O ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ começou a ser pensado em 2016 e, no último dia 12, aniversário da fundadora, as religiosas apresentaram a marca do projeto, que, neste momento, se realiza nos meios digitais, um site e redes sociais (Facebook e Instagram); no futuro, vai ter espaços físicos em Santarém e Lisboa.

“São duas casas com património, muita história, onde Luiza Andaluz nasceu, morreu, onde se deu a primeira missão, muito emblemáticas também para a congregação que não podíamos ter só para nós”, explicou a irmã Mafalda Leitão.

A religiosa realça que se vão abrir portas para que outras pessoas “possam comungar” de uma casa bonita com “uma história boa para contar” e possam ser “um marco, uma evangelização com impacto na sociedade contemporânea”.

Os espaços físicos do ‘Luiza Andaluz Centro de Conhecimento’ vão receber “crentes e não crentes”, tendo como “foco” os jovens adultos dos 30 aos 40 anos de idade, mas alargando a todas as faixas etárias, a partir de outubro de 2022.

As Servas de Nossa Senhora de Fátima estão presentes em Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique.

PR/CB/OC

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Agência ECCLESIA

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