Lisboa, 10 out 2014 (Ecclesia) – Refletir sobre o “papel extremamente importante e crucial” das IPSS foi um dos objetivos da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Lisboa com o seminário ‘Sector Social e a Estratégia Europa 2020’.
“Percebermos todos que com as diferentes realidades sociais, com as características das instituições no interior do país muito martirizado e desertificado e com as respostas que as instituições dão nas grandes cidades, na zona litoral, somos capazes de ir para o terreno e olhar para este país e mantê-lo vivo, solidário que é de facto a característica base do nosso trabalho”, revelou hoje o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Lisboa (UDIPSS).
À Agência ECCLESIA, José Carlos Batalha explicou também que refletir como é que “este papel se pode encaixar e pode ser ainda mais importante neste contexto daquilo que a ‘Estratégia Europa 2020’ tem para as instituições de solidariedade era outro dos objetivos.
Para esta reflexão era necessário observar o país e a sociedade portuguesa no “horizonte temporal 2020” através de vários eixos concretos, como “a questão demográfica, o envelhecimento, a natalidade, a saúde”.
Neste contexto, as Instituições Particulares de Solidariedade Social, com a sua abrangência nacional, precisavam partilhar a sua perspetiva, observa o responsável, que exemplifica: “Como é que estamos presentes; que tipo de emprego, de qualificação vai ser necessária para os nossos técnicos?”.
Para as IPSS se posicionarem e cumprirem os atuais desafios, segundo José Carlos Batalha, precisam “manter a sua matriz identitária” que resulta do dinamismo das comunidades onde estas instituições nasceram para “dar resposta às necessidades concretas das comunidades”.
Outro desafio é o da qualificação para todos os agentes que prestam este serviço “sem exceção” para que as suas respostas sejam “cada vez mais eficazes e orientadas para as necessidades concretas da população” que vão evoluindo.
“É importante perceber quais são os incentivos que o Governo poderá trazer, por via desta estratégia, e também como vamos encaixar toda essa resposta nas dinâmicas das instituições”, acrescenta o presidente da UDIPSS, no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.
Para o seminário «Sector Social e a Estratégia Europa 2020» foram convidados conferencistas de vários sectores e saberes, como atuais e antigos presidentes de câmaras municipais – Cascais e Vila Franca de Xira -, os sindicatos, com o ex-secretário geral da CGTP-IN e o da UGT, professores universitários, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e ainda os presidentes do Conselho Económico e Social de Portugal e o da Europa.
PR/CB