Encontro termina hoje no Santuário de Fátima
Fátima, 28 jul 2017 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade e o Secretariado Nacional de Liturgia organizaram uma semana de celebração, reflexão e formação que mobilizou cerca de 900 participantes, que hoje regressam a casa com novos conteúdos para partilhar.
“É uma lufada de ar fresco, sem dúvida”, afirma João Cunha, da Paróquia Nossa Senhora da Boavista, na Diocese do Porto, que considera importante a 43.ª edição falar da visita do Papa Francisco e os conferencistas “darem a vertente mistagógica do que é Maria, o que representa, o sim dela”.
O entrevistado, que participa desde 2006 nesta iniciativa anual, faz parte do Conselho Pastoral da sua paróquia e procura partilhar a formação recebida noutras “formações, eventos, tertúlias”.
Com o tema ‘A Virgem Santa Maria na Liturgia’, a Semana Nacional de Pastoral Litúrgica termina após a Eucaristia, a partir das 11h00, na Basílica da Santíssima Trindade.
Pedro Machado que participa pela 14.ª vez, neste evento, considera que a catequese nas conferências “ajuda as pessoas a aprofundarem a sua catequese, a sua fé”.
O também acólito na Diocese do Porto realça que encontra pessoas que “percebem da liturgia” e considera que “há uma comunhão entre o país”.
“Aqui, ao acolitar, dão-nos sempre novas perspetivas, formas de nos interligarmos melhor com o nosso grupo de acólitos, de rezarmos em conjunto, de fazermos atividades para desta forma ajudarmos não só o grupo a crescer, a viver em comunidade, mas também o resto da comunidade”, explica por sua vez Ana Fernandes.
Em declarações à Agência ECCLESIA, a jovem de 18 anos conta que participa há quatro anos na Semana Nacional de Pastoral Litúrgica.
“Quando nos disseram, achei que talvez pudesse trazer algo mais, aprender e pudesse transmitir dentro da paróquia. A partir daí cresceu o bichinho”, acrescenta.
Desde segunda-feira, o encontro nacional proporcionou, por exemplo, uma escola de ministérios para seis setores específicos: presidência; acólitos; leitores; músicos; catequistas; ministros extraordinários da Comunhão.
“Esta formação faz-se através das celebrações que em si também são momentos muito fortes que as pessoas podem levar para as paróquias. A celebração bem vivida, o canto, mas também aspetos de carácter mais teórico”, explicou o padre António Cartageno.
O diretor do Serviço Nacional de Música Sacra constatou que a música se faz todas as semanas nas paróquias e as pessoas “precisam de ouvir orientações práticas” para um correto exercício do seu ministério.
O sacerdote da Diocese de Beja procurou chamar “a atenção” para as várias características, “as mais importantes”, da musica sacra, e também para “alguns desvios, alguns atropelos” que se vão introduzindo e as pessoas, “às vezes, até fazem por ignorância”.
Já Carlos Cartaxo, professor da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, participa pelo segundo ano e assinala que “há temas concretos” que poderão ser “motivo de experiência, de aprofundamento nas próprias aulas”.
O docente também é ministro extraordinário da Comunhão e destacou a “profundidade” da aprendizagem destes dias em Fátima.
CB/OC