Portugal: Seis prioridades para o Corpo Nacional de Escutas chegar aos 100 mil escuteiros

Números e desafios explicados por Ivo Faria, dirigente da Região de Braga que foi eleito para chefe de Junta Central do CNE

Braga, 05 dez 2016 (Ecclesia) – O chefe eleito para a Junta Central do Corpo Nacional de Escutas (CNE) afirmou que o seu mandato vai seguir “seis vetores fundamentais” e deseja chegar aos 100 mil membros no ano do centenário do movimento, em 2023.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Ivo Faria disse que o objetivo da patrulha que venceu as eleições nacionais do CNE, realizadas este domingo, tem a determinação de “não utilizar o objetivo numérico dos 100 mil” sem “refletir sobre as condições que é necessário criar para que essa meta possa ser exequível”.

O dirigente da Região de Braga, que vai liderar o maior movimento juvenil em Portugal entre 2017 e 2020, referiu que o programa educativo do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a sua “oferta pedagógica para as crianças e para os jovens” é o primeiro de seis “vetores fundamentais”.

Depois a Junta Central tem por objetivo ajudar os dirigentes adultos “a estarem o melhor capacitados possível” para enfrentar “desafios e aplicar as soluções e oferta pedagógica”.

Segundo Ivo Faria outro fator é a simplificação dos processos administrativos e financeiros para “tentar garantir” que os adultos “libertam o máximo de tempo para estar com as crianças e os jovens”.

O projeto de Comunicação, ou seja, a forma como comunicam internamente “com dirigentes e jovens” e externamente com a sociedade é o quarto vetor fundamental e os dois últimos são a “representação e relações externas” e o “envolvimento” de toda a associação “nas decisões e futuro” que querem desenvolver através de “uma discussão centrada no todo que é o país”.

A equipa que venceu este domingo as eleições para a Junta Central tinha como projeto e mote ‘Geração futuro’ e o chefe nacional eleito sublinha a importante da preparação dos escuteiros do CNE para “serem cidadãos mais ativos” e “jovens com causas”, cada vez mais integrados na Igreja Católica.

Ivo Faria disse também que a Junta Central eleita deseja “inverter” o que considera ser um “crescente afastamento da Igreja” por parte dos membros do CNE.

“O nosso objetivo é que este trabalho, este crescimento, seja caminho que aproxima, que se faz na nossa forma de estar e viver o escutismo através da ação, da atividade, do contacto com a natureza, com os outros e descoberta de si mesmo”, acrescentou.

Ivo Faria encabeçou a equipa ‘Lais de guia – Nós que unem’ e explica que o lema “traduzia bem” o projeto “de confiança” que propuseram e que querem que “crie laços fortes entre todos”.

Para além do chefe nacional, foram eleitos para a Junta Central o chefe nacional adjunto, Joaquim Freitas; os secretários nacionais Sandra Martins para o planeamento; para os adultos Susana Carvalhosa, e Raquel Kritinas para a área pedagógica; Manuel Lavadinho foi eleito para a gestão e José Rodrigues para o ambiente; já Ricardo Matos é o secretário internacional.

Lais de guia’, acrescenta ainda o chefe nacional do CNE, é um nó também conhecido como “nó de salvação” que o fundador do escutismo Baden Powell “sugeria que todos deviam saber fazer rapidamente e bem”.

O Corpo Nacional de Escutas foi fundado em Portugal em 1923 pelo então arcebispo de Braga D. Manuel Vieira de Matos, está presente em todas as dioceses de Portugal e conta com mais de 70 mil membros. 

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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