Marco António Costa participou numa sessão de homenagem a D. Manuel Clemente no Porto
Porto, 27 jun 2013 (Ecclesia) – O Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social considera que a escolha de D. Manuel Clemente para patriarca de Lisboa vai dar à sociedade portuguesa uma voz ativa na defesa dos direitos humanos e cívicos.
Numa sessão de homenagem ao ainda administrador apostólico da Diocese do Porto, na cidade invicta, Marco António Costa destacou a “ponderação e lucidez” que sempre marcaram o comportamento do prelado, a sua “capacidade em tocar a vida das pessoas” e a sua dedicação à causa pública.
Há dois anos em funções, o responsável político recordou em declarações à Agência ECCLESIA as ocasiões em que falou com D. Manuel Clemente sobre a situação socioeconómica do Porto, sobretudo as “chamadas de atenção” e os “conselhos” recebidos no momento de definir linhas de “ação política” junto das populações.
“É um bispo amado que se despede do Porto mas seguramente continuará a fazer o que sempre fez, a servir pela sua voz autorizada, pela sua magnífica atitude cívica de intervenção e de pedagogia na sociedade”, sublinha Marco António Costa.
A sessão de homenagem a D. Manuel Clemente teve lugar esta quarta-feira no Palácio da Bolsa e foi organizada pela Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Aberta a toda a população, a iniciativa contou com a presença de responsáveis das mais diversas instituições da cidade, como o presidente da Câmara Municipal, Rui Rio, e o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira.
Para o bispo de 64 anos tratou-se de “uma surpresa feliz” e “simpática” – D. Manuel Clemente salientou a disponibilidade e abertura que sempre encontrou junto das diversas instituições da cidade, políticas, económicas e sociais.
“Desde o primeiro momento estiveram com a diocese e neste momento de dificuldades acrescidas ainda mais”, apontou.
O patriarca eleito confidenciou que vai levar consigo para Lisboa “a vitalidade de uma sociedade muito coesa, muito solidária, muito identificada com o seu passado e presente” e com vontade em “projetar-se no futuro, no seu conjunto”.
“Isto é muito importante para refazer um país, como agora precisamos”, complementou.
Para o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, a homenagem a D. Manuel Clemente foi um reconhecimento “justo” por tudo o que o bispo “deixou” na cidade durante os últimos seis anos.
A capacidade do prelado em se aproximar de “todos os cidadãos, independentemente dos seus credos e crenças” foi muito importante porque conseguiu mobilizar as comunidades ao mesmo tempo que lhes levou “esperança” nesta conjuntura mais difícil, sustentou António Tavares.
D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente foi nomeado pelo Papa Francisco como sucessor de D. José Policarpo a 18 de maio e vai tomar posse do Patriarcado de Lisboa no dia 6 de julho na Sé.
A entrada solene na diocese lisboeta está marcada para o dia seguinte às 16h00, numa celebração no Mosteiro dos Jerónimos.
MD/JCP