Celebrações comunitárias regressam com limitações, evitando «ajuntamento de fiéis»
Fátima, 22 mar 2021 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), da Igreja Católica em Portugal, divulgou indicações para a celebração da Semana Santa e Páscoa “em tempo de pandemia”, começando já pela celebração de Ramos, no próximo domingo.
“Haverá cuidado em evitar ajuntamentos dos fiéis. Os ministros e fiéis podem ter nas mãos um ramo de oliveira ou a palma, mas não é permitida entrega ou troca de ramos”, recorda o SNL, num documento que explicita várias das orientações deixadas no início deste mês pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa.
O organismo explica que na Missa de Domingo de Ramos pode ser realizada uma entrada simples ou uma “solene”, com o sacerdote, concelebrantes, diáconos e ministros, a “dirigem-se para um lugar adequado, fora do presbitério, onde possam ser vistos ou, pelo menos, ouvidos”.
Com esta cerimónia, a Igreja Católica inicia a Semana Santa, os momentos centrais do ano litúrgico que recordam a Paixão de Jesus.
As celebrações da Semana Santa e a Vigília Pascal deste ano, entre 28 de março e 4 de abril, vão contar com a participação de assembleia, ao contrário do que aconteceu em 2020, por causa da pandemia.
A CEP determinou o regresso das celebrações públicas da Missa a partir de 15 de março, mantendo a suspensão de procissões e outras manifestações populares, como o tradicional “compasso” da Páscoa.
Os momentos centrais da Semana Santa começam na quinta-feira, dia em que se celebram a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor.
Para a Vigília Pascal, o Secretariado Nacional de Liturgia adianta que as normas de segurança em vigor desde maio de 2020 e a “preocupação assumida por preservar o bem precioso da saúde e da vida” podem ditar algumas adaptações nos cinco elementos que integram a celebração maior do calendário católico.
Relativamente à luz do círio que se distribui pela assembleia, o SNL indica que se “impõe” a opção entre duas alternativas: “os fiéis não acendem as suas velas” ou, realizando-se o rito como previsto no Missal Romano, “a aproximação entre pessoas será apenas de alguns segundos e que todos os intervenientes terão devidamente colocada a proteção facial”.
“Sugerimos que os acólitos ministrantes que prestam esse serviço utilizem máscara respiratória autofiltrante, com autoproteção superior ao das «máscaras cirúrgicas»”, recomenda o SNL.
Já sobre a liturgia batismal, o organismo da Igreja Católica em Portugal assinala que a celebração litúrgica dos sacramentos, “depende apenas da autoridade eclesiástica e do discernimento pastoral”, pelo que podem celebrar-se Batismos na Vigília Pascal.
Os bispos portugueses recordam que, a 17 de fevereiro, o Vaticano divulgou um conjunto de orientações para a celebração da Semana Santa em contexto de pandemia, à imagem do que aconteceu em 2020.
CB/OC
(Notícia atualizada às19h15)
Covid-19: Semana Santa com celebrações presenciais, sem procissões nem visitas pascais