Diretor da Pastoral do Turismo – Portugal disse que o organismo é «para todos os que tem uma ligação a esta indústria»
Coimbra, 02 fev 2023 (Ecclesia) – O diretor da Pastoral do Turismo – Portugal (PTP) afirmou hoje que a industria do turismo tem de se preocupar com a ecologia integral e que, para ter “turismo de qualidade”, é preciso “preservar recursos naturais”.
“Se queremos continuar a ter turismo e, sobretudo, turismo de qualidade, temos de preservar recursos naturais, qualidade de vida e o património deixado pelos nossos antepassados”, realçou o padre Miguel Neto, na sessão de abertura da V Jornadas Nacionais da Pastoral do Turismo.
“A Caminho de uma pastoral Laudato Si” é o tema do evento iniciado hoje, no Seminário Maior de Coimbra, que decorre até sábado.
Hoje, estamos aqui com a preocupação de abordar a sustentabilidade e a defesa de uma ecologia integral como pano de fundo”.
Para o padre Miguel Neto, “a Pastoral do Turismo não é apenas o turista e o que ele faz, mas tem de ser virada para todos os que tem uma ligação a esta indústria”.
“Preocupa-me que não se compreenda a questão da ecologia integral nesta dimensão, ou seja, respeitar o outro e o diálogo intercultural, respeitar os trabalhadores, respeitar a natureza e a identidade de cada um”, acrescentou.
O diretor da PTP referiu que os que trabalham este setor da pastoral da Igreja Católica não devem estar “somente virados para os crentes, mas para todos, inclusive para os que buscam uma espiritualidade”.
“A Pastoral do turismo pode e deve ser a porta de entrada para a fé cristã, um caminho para o primeiro anúncio da fé cristã”, subvlinhou.
Devemos dar prioridade a preservar, conservar, abrir, tornar acessível o património. Foi assim que outrora a Igreja evangelizou e anunciou a fé a todas as classes sociais. Só assim, hoje, nós conseguimos mostrar a nossa identidade cristã”.
O padre Miguel Neto valorizou a promoção do “trabalho com todos, criando redes” e fomentando o diálogo com “dioceses, entidades governamentais e outras”.
O padre Miguel Neto lembrou a realização das últimas jornadas do género, em outubro de 2019, quando se vivia “o melhor ano de Turismo da década”, a que se seguiu o isolamento provocado pela pandemia, “sem saber muito bem como manter vivaa maior indústria deste país”.
O diretor da PTP referiu-se ao trabalho da nova direção deste organismo da Conferência Episcopal Portuguesa, que começou por “voltar o seu foco para a defesa dos postos de trabalho, da dignidade dos trabalhadores, dos hoteleiros e agentes do Turismo”, por causa das consequências da pandemia, tendo promovido depois a renovação institucional deste organismo e o relacionamento institucional e eclesial, dentro de fronteiras e internacionalmente.
PR