Organismo destaca envolvimento dos vários ministérios para resolver um drama que atinge cerca de quatro mil portugueses
Lisboa, 28 nov 2017 (Ecclesia) – A Rede Europeia Anti-Pobreza – EAPN Portugal saudou hoje a aprovação do Plano de Ação 2017-2018 da Estratégia Nacional para a Integração da População em Situação de Sem Abrigo.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, aquele organismo destaca um projeto que integra um pacote alargado de medidas para “o conhecimento e monitorização do fenómeno da população em situação de sem abrigo”.
A EAPN Portugal realça pontos como “a definição de um conjunto de indicadores de risco, “o alargamento da rede nacional” de núcleos de planeamento e intervenção junto das pessoas sem-abrigo (NPISAS), “e a realização de ações de sensibilização e de combate à discriminação”.
O mesmo plano pretende também “melhorar a eficiência e a eficácia da intervenção no fenómeno, através da criação de um modelo de intervenção e acompanhamento integrado” e da aposta na “formação especializada e contínua” dos “interventores sociais”.
Tem ainda como objetivo a “melhoria da qualidade das respostas sociais existentes e o envolvimento ativo das próprias pessoas em situação de sem abrigo, no âmbito de uma avaliação participada da intervenção que é realizada”.
Com mais de 100 medidas, que serão suportadas por um orçamento de cerca de 60 milhões de euros, este Plano de Ação 2017-2018 da Estratégia Nacional para a Integração da População em Situação de Sem Abrigo pretende ajudar esta população mais desfavorecida no acesso a “alojamento” e “reforçar o alojamento já existente”.
Quer também dar uma “atenção específica à promoção do acesso à saúde, emprego e proteção social”.
A EAPN Portugal congratula-se ainda pelo facto dos vários Ministérios do Governo português estarem envolvidos “na implementação e monitorização da Estratégia Nacional 2017-2023”.
No mês de abril, o presidente da República tinha pedido a agilização do processo de aprovação do referido plano, de modo a trabalhar na erradicação do problema das pessoas que cairam na vida da rua, e que se encontram sem qualquer perspetiva de reintegração social.
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a sua convicção de que este drama poderá ser resolvido até 2023.
Atualmente, embora os números estejam sempre em mudança, estima-se que existam em Portugal cerca de quatro mil pessoas em situação de sem-abrigo.
JCP