Fórum Nacional de Combate à Pobreza e Exclusão Social decorre na Figueira da Foz
orto, 13 out 2015 (Ecclesia) – A EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza está a organizar a campanha nacional ‘A pobreza não…’ que pretende sensibilizar para “as múltiplas questões da pobreza” e vai ser apresentada no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
“Temos procurado promover a cidadania e a participação das pessoas que vivem ou viveram em situação de pobreza e/ou exclusão social, particularmente entre os grupos sociais mais desfavorecidos. E, este desígnio, tem-se materializado através da promoção e desenvolvimento de movimentos de cidadania, quer a nível distrital, quer a nível nacional”, revela o presidente da EAPN Portugal, o padre Jardim Moreira.
Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a EAPN Portugal explica que o foco da campanha está centrado em cinco imagens que remetem para cinco mensagens sobre o combate à discriminação; ao envelhecimento; à pobreza infantil; desemprego e desemprego juvenil, como ‘A pobreza não…’: “Tem barreiras; vive no nevoeiro; é cor-de-rosa; é indolor; tem só uma face.”
A organização que apela a que as pessoas “não faça de conta que isto não lhe diz respeito”, já conta com a adesão de “mais de 125 municípios” que disponibilizaram cerca de 400 suportes publicitários nos diferentes concelhos envolvidos nesta ação de sensibilização.
A campanha ‘A pobreza não…’ é apresentada esta quarta-feira, no sétimo Fórum Nacional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que começou hoje, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz.
Com este fórum, a EAPN Portugal pretende de forma geral a participação de cidadãos que “vivem, ou viveram, em situação de pobreza e/ou exclusão social”.
O padre Jardim Moreira alerta que a democracia e os direitos humanos são os princípios orientadores da União Europeia, “fundamentais para sociedades inclusivas e dinâmicas”, e os governos devem estar ao serviço das pessoas.
“Quando estamos perante a violação destes direitos, são os mais vulneráveis quem mais sofre. Se quisermos manter a dignidade humana, lutar contra a pobreza, defender a igualdade e evitar conflitos é fundamental eliminar os obstáculos que perpetuam as violações dos direitos humanos de forma a promover um Estado de direito e construindo sociedades mais justas, coesas e inclusivas”, desenvolve o presidente da EAPN Portugal.
Neste contexto, a instituição considera “importante refletir” também sobre o papel da Europa no mundo relativamente ao combate à pobreza, sensibilizando todos os cidadãos para implicarem-se e participarem no desenvolvimento, de acordo com a temática do Ano Europeu para o Desenvolvimento.
A diretora executiva da EAPN Portugal, Sandra Araújo, acrescenta que com a campanha ‘a pobreza não…’ querem transmitir que “é possível existir uma sociedade mais justa e coesa” onde todos beneficiam com a erradicação da pobreza e da exclusão social.
A campanha e o fórum realizam-se no contexto do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza assinalado este sábado.
CB