«A Família Dehoniana é um dos desafios grandes neste momento» – Padre João Nélio Pereira
Lisboa, 13 jul 2021 (Ecclesia) – O provincial dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos9 em Portugal disse hoje que os religiosos da congregação têm muitas pessoas a comungar desta “espiritualidade e carisma”, assumindo a “Família Dehoniana” como uma prioridade.
“A Família Dehoniana é um dos desafios grandes que se coloca neste momento. Se forem apenas os religiosos a continuar o carisma do padre Dehon [fundador] chegaremos a algumas pessoas, mas se forem todos aqueles que contactam com o carisma poderemos chegar muito longe”, explicou á Agência ECCLESIA o padre João Nélio Pereira
O provincial, nomeado em abril, começou por assinalar que existem muitas pessoas que “comungam” desta “espiritualidade e carisma”, nomeadamente “antigos alunos, seminaristas e religiosos” e as pessoas nas paróquias.
“Hoje temos esta perspetiva de nos abrirmos um pouco mais à sociedade, e de certa forma refresca a nossa forma de viver o carisma: Quanto mais contactarmos outras formas de vida quanto mais crescemos e entendemos os outros”, desenvolveu.
O padre João Nélio Pereira observou que “também por causa da pandemia” os tempos que se vivem são “novos para toda a gente, para todas as instituições” e um dos desafios nos Dehonianos é perceber como estão “interiormente na vida das comunidades”.
“Isto também nos afetou muito, depois, a partir dai, um renovar da vida de cada comunidade, ressituarmo-nos neste mundo que está em mudança, nesta sociedade, e também agora trará desafios novos para nós”, acrescentou.
O religioso madeirense contextualizou que o carisma da congregação “é muito estar atento à evolução dos tempos, da evolução da sociedade”, e têm de estar um passo à frente para estarem atualizados.
A celebrar 75 anos da chegada dos primeiros Dehonianos a Portugal, este responsável refere que os Sacerdotes do Coração de Jesus têm uma dimensão nacional que “já está enraizada” e traz uma “forma de estar na Igreja e no país, que vai de encontro à resposta às situações sociais de maior carência”.
Depois têm uma dimensão missionária, e estão “muito empenhados” na missão de Angola, para além de alguns confrades em Madagáscar.
“Não existe uma cissão entre uma coisa e outra, somos uma congregação que está aberta aos desafios da nossa realidade em Portugal e aos desafios do mundo”, realçou o entrevistado da emissão de hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
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