Portugal precisa de um projecto que “não seja efémero”, mas com um “ideal de Pátria e de missão”, defende D. José Policarpo.
Numa conferência na Academia Portuguesa de História sobre a figura do Santo Condestável, o Cardeal Patriarca de Lisboa deu o exemplo D. Nuno Álvares Pereira.
“[O Santo Condestável] Ajudou para já a ter um projecto para Portugal, também dá jeito no presente, a quem tem responsabilidade e gere os destinos desta comunidade dá jeito ter um projecto para Portugal”, afirmou.
“Não um projecto efémero, definido pelo imediato das soluções, mas como D. Nuno, que fez desse projecto de Portugal um ideal, um ideal grandioso de Pátria, de comunidade, de missão”, concluiu D. José Policarpo.
O Santo Condestável foi uma grande figura da Igreja, que soube defender princípios, diz Manuel Filipe Canaveira, professor de Ciência Política da Universidade Nova de Lisboa.
“O que interesse nele é o homem de acção, o homem que tem princípios e, sobretudo, o homem que é capaz de tomar um partido e de o defender, e é isso que eu acho que neste momento não acontece muito no nosso país”, lamenta Manuel Filipe Canaveira, em declarações à Renascença.
Braga da Cruz, reitor da Universidade Católica, lembra o papel do Santo Condestável na defesa da “independência e da identidade nacional”.
O exemplo do Santo Condestável vai ser lembrado esta Quinta-feira na Universidade Católica em Lisboa, num ciclo de conferências organizado por esta Universidade e pela Academia Portuguesa de História.