Portugal: «É crucial que o Orçamento seja aprovado» – Patriarca de Lisboa

«Estamos a falar de futuro: de pessoas, das empresas, das famílias, dos jovens», salientou D. Rui Valério

Lisboa, 03 out 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa disse hoje que “é crucial” que o Orçamento do Estado 2025, a proposta orçamental do Governo português, “seja aprovado”, pensando no presente e no futuro do país, e não das “tensões partidárias”.

“Primeiro, no presente do país, é crucial que o instrumento, o meio que nós temos à disposição para concretizar projetos já, no imediato, e que dependem do Orçamento seja aprovado, e, portanto, exista”, assinalou D. Rui Valério, em declarações aos jornalistas, após a sessão de abertura do novo ano da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), em Lisboa.

O patriarca de Lisboa, que afirmou que “é crucial que o Orçamento seja aprovado”, o Orçamento do Estado para 2025, e explicou que estava a pensar também no futuro, mas não em termos cronológicos.

“Estamos a falar de pessoas, estamos a falar das empresas, das famílias, estamos a falar dos jovens, estamos a falar da saúde, da escola”, exemplificou.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e o líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, reuniram novamente, esta quinta-feira, para tentar chegar a um acordo sobre o Orçamento do Estado 2025, a proposta orçamental para o próximo ano será entregue na Assembleia da República, no dia 10 de outubro.

D. Rui Valério deixou também uma mensagem para os dois políticos, partilhando a certeza que “todos” e os dirigentes partidários, de maneira particular, e o Governo, “têm como primado prioritário Portugal”, e bem dos portugueses.

“Neste momento, é esse alto valor que se eleva e que se ergue e que justifica, exatamente, cedências”, acrescentou.

O patriarca de Lisboa na sua intervenção à Associação Cristã de Empresários e Gestores manifestou preocupação em relação ao futuro dos jovens e à própria visão que eles têm do seu futuro, e desafiou os associados da ACEGE a serem “uma gotinha, mas uma gota importantíssima” para instituírem “a cultura da esperança”.

Foto Agência ECCLESIA/PR

Nas declarações à Comunicação Social, convidou os jovens a “aproximarem-se sempre e cada vez mais de Jesus Cristo”, e a “abrirem-se e a aproximarem-se mais ainda de uma vida de comunhão, uma vida de comunidade, uma vida de família”.

“Nessa caminhada que se encontrem com os seus amigos, desde logo porque a esperança tem um rosto, tem um nome, que é Jesus Cristo, para nós, e, ao mesmo tempo, porque a esperança é uma força, é um desafio, é um caminho que nós percorremos em conjunto. Só assim é que o futuro deixa de ser uma ameaça, como parece que está a ser para os nossos jovens, e passa a ser uma promessa e uma promessa de esperança”, desenvolveu.

Outro assunto abordado na conferência foi a guerra na Ucrânia e no Médio Oriente, onde explicou que “são fatores que vieram e estão a dar um contributo acelerador da transição epocal já em curso”.

D. Rui Valério partilhou “uma palavra de solidariedade para quem sofre, esmagado pela violência”, sem olhar a lados e lembrou que o Papa Francisco interpelou para rezar pela paz “e, ao mesmo tempo, também sugeriu a iniciativa do jejum”, no dia 7 de outubro.

“Por outro lado, é também necessário continuar nesta senda e neste caminho da solidariedade para acudir, mas, ao mesmo tempo, para que com o nosso gesto de partilha, de dádiva, de doação, com o nosso gesto de solidariedade, a consciência humanitária do mundo inteiro compreenda que, afinal de contas, a Terra ainda é vivida e povoada por mulheres e homens de boa vontade”, acrescentou aos jornalistas no final da sessão de abertura do novo ano da ACEGE, em Lisboa.

TAM/CB/PR

 

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Agência ECCLESIA

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