Novo responsável pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana destaca setor que deve preocupar todos os cristãos
Lisboa, 20 nov 2017 (Ecclesia) – O novo presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana defendeu hoje que este setor “não pode ser um anexo à vida da Igreja”, mas uma área “integrada” e “essencial” na ação de todas as comunidades católicas.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, D. José Traquina salientou que a atenção aos mais pobres, aos excluídos e carenciados, a desafios mais recentes como a crise de migrantes e refugiados ou os incêndios em Portugal, é essencialmente “uma resposta” às exigências do “Evangelho”.
Nesse sentido, deve ser uma “preocupação das estruturas mais pesadas” da Igreja Católica, mas também de cada cristão, de cada leigo.
“É preciso criar sensibilidade. O cristão sabe que há estruturas, mas que não perca a sensibilidade sobre a dignidade de todas as pessoas, a defesa da vida em todas as dimensões”, apontou D. José Traquina.
Aquele responsável manifestou ainda “o seu apreço pelos milhares de portugueses católicos, que por este país fora dão o seu apoio voluntário às situações de carência e apoio aos mais pobres”.
Pessoas, leigos, que inseridos em várias instituições, sem procurarem “elogio” nem “vir no jornal”, trabalham todos os dias “com zelo, com empenho, com gosto, com alegria interior” na ajuda a quem mais precisa.
“Santas Casas das Misericórdias, Conferências de São Vicente de Paulo, Centros Sociais Paroquiais, Cáritas diocesanas e paroquiais deste país, a Cáritas Portuguesa, todos poderão contar com a minha melhor vontade nesta valorização e na descoberta de soluções para os desafios que nos são colocados”, salientou D. José Traquina.
A equipa da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana conta também com a colaboração dos bispos D. António Vitalino (bispo emérito de Beja), D. Manuel Linda (bispo das Forças Armadas e de Segurança), D. Joaquim Mendes (bispo auxiliar de Lisboa), e o padre José Manuel Pereira de Almeida, como secretário.
Como lema de trabalho, para os próximos três anos à frente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina aponta a importância da proximidade e da presença no terreno, que aprendeu com os leigos com quem trabalhou.
“Quando nós vamos ver as situações dos pobres, como é que eles vivem, alteramos, modificamos a nossa maneira de pensar as coisas. Não é só em teoria, não é só os documentos, não é só porque sim mas é o que é necessário resolver”, completou.
A nomeação de D. José Traquina para a presidência da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana foi tornada pública no dia 16 de novembro, no final da mais recente Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que decorreu na nova sede da CEP, na Quinta do Bom Pastor, em Benfica.
O setor da Pastoral Social e Mobilidade Humana teve como anterior responsável D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, falecido a 11 de setembro.
D. José Traquina, até agora auxiliar do Patriarcado de Lisboa, foi nomeado bispo de Santarém pelo Papa Francisco, a 7 de outubro.
A entrada solene na Diocese de Santarém vai decorrer este domingo, pelas 16h00, na Igreja de Santa Clara.
JCP