Reunião de arranque do ano pastoral congregou equipa que tem trabalho «de forma invisível» devido à pandemia do Covid-19
Lisboa, 05 set 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco acompanha “animado” e “sossegado” a preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, marcada para Lisboa, cujos trabalhos de organização foram hoje retomados, em novo ano pastoral, com o grupo responsável, assegurou D. Américo Aguiar.https://agencia.ecclesia.pt/portal/wp-admin/post.php?post=184187&action=edit#
“O Papa está muito animado e fica sossegado por ter conhecimento direto que as coisas estão a acontecer, o trabalho está a ser feito. E pediu para não esquecer a marca solidária na própria Jornada”, explicou à Agência ECCLESIA o bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação – JMJ Lisboa 2023, que teve ocasião de estar presente na primeira audiência, retomadas na última quarta-feira, no Vaticano, após a pandemia.
D. Américo Aguiar exprimiu a “paternidade e fraternidade permanente” recebida pelo Papa em relação às Jornadas e para com Portugal.
A organização da JMJ 2023 tem acontecido de forma “subterrânea” porque, explica presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, a prioridade tem sido a solidariedade.
“A jornada passou para segundo plano, estando atento e indo ao encontro dos que precisam de ajuda na vivência da pandemia. No entanto as coisas têm de continuar a ser pensados e programadas”, indica.
A reunião de “arranque do ano pastoral” decorreu no Seminário de Alfragide e congregou um grupo “mais definido”.
“Esta foi a primeira reunião deste grupo mais definido. Estamos a falar de sete direcções, de diferentes áreas, com um leigo como responsável e um sacerdote como assistente eclesiástico, e também um jovem que será o secretário executivo e fará concretizar de forma harmoniosa o que é preciso fazer”, explicou.
D. Américo Aguiar fala num trabalho “não visível” a ser realizado desde o anúncio da realização das Jornadas em Lisboa, concretizado com reuniões frequentes também com os Comités Organizadores diocesanos (COD), das 20 dioceses portuguesas e do Ordinariato castrense.
A pandemia do Covid-19 adiou a entrega dos símbolos das JMJ aos jovens portugueses, estando esse encontro previsto para novembro, para o Domingo do Cristo-Rei, mas, assegura D. Américo Aguiar, tudo dependerá da situação pandémica em Itália, Portugal e no Panamá, pois a saúde e a vida dos jovens e participantes tem de ser acautelada.
“Temos a previsão de poder concretizar esta peregrinação em novembro, no Cristo-Rei, mas a situação é imprevisível e estamos a trabalhar com a Santa Sé, com o Panamá, parte interessada na transferência dos símbolos, dia-a-dia para estudar e ter bom senso. Não podemos por em causa a saúde e a vida de nenhum dos jovens e dos participantes”, sublinha.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 relembra o pedido do cardeal-patriarca de Lisboa para que o protagonismo das Jornadas seja dos jovens.
“Estamos a criar a estrutura do que será a JMJ de Lisboa, para que, em breve prazo, as várias direcções e responsáveis possamos recrutar todos os que estão sintonizados, e sejam os destinatários da Jornada. Temos consciência que seria fatal para a organização não ter o cuidado de estar sintonizado com o que é o modo de viver, modo de sentir e a linguagem dos jovens. Sublinhamos a necessidade e urgência de estarmos conectados com o sentir e pulsar dos destinatários da Jornada”, afirmou.
D. Américo Aguiar disse ainda que a JMJ 2023, sendo “herdeira de outras jornadas”, vai ter a marca portuguesa.
HM/LS