Portugal: Padre José Rebelo nomeado diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (c/vídeo)

Missionário comboniano dirigiu revistas missionárias em Portugal, Filipinas e África do Sul

Lisboa, 20 ago 2021 (Ecclesia) – A Congregação para a Evangelização dos Povos, do Vaticano, nomeou o padre José António Mendes Rebelo, dos Missionários Combonianos, diretor Nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP).

De acordo com um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA pela Conferência Episcopal Portuguesa, o novo diretor das OMP foi nomeado para os próximos cinco anos.

Nascido em Gouveia, em 1961, o padre José Rebelo é Missionário Comboniano desde 1982, quando fez a primeira Profissão Religiosa, e foi ordenado padre 4 nos depois, a 13 de julho de 1986, em Gouveia.

Licenciado em Teologia pela Universidade Gregoriana, em Roma, concluiu também a licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade Católica Portuguesa.

Em declarações à Agência ECCLESIA por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, o padre José Rebelo afirmava que, na sua vida, cruza o ser padre e jornalista em experiências “próximas” que entende mediadoras de Deus e que a missão é contar histórias de esperança na humanidade.

“O jornalismo missionário, como eu o concebo, deve transmitir essas imagens e experiências, porque nos ajudam a acreditar na humanidade e a não perder a esperança. Este é um enriquecimento para nós em primeiro lugar. Sempre que pude, sai da redação, para ir ver e contar”, afirmou o missionário, que colaborou com diversas publicações da imprensa missionária.

Desde 1996 que o padre José Rebelo escreve e dirige diversas publicações combonianas: em Portugal as revistas «Além-Mar» e «Audácia»; a «World Mission», nas Filipinas, onde colaborou entre 2005 e 2012; e a «Worldwide», na África do Sul, entre 2013 e 2020.

Nestas publicações o missionário comboniano assinou artigos que contextualizam conflitos, “contam testemunhos de quem viveu e assistiu a atrocidades”, mas mostram também a bondade, “histórias positivas que deveriam ser conhecidas” e que “davam filmes e romances”.

Durante uma semana o padre José Rebelo quis viver com um missionário americano Bob McCahill, hoje com 84 anos, que vive no Bangladesh há cerca de 45 anos, entre muçulmanos e hindus, para ajudar as famílias mais pobres e adquirir cuidados de saúde, em especial para as crianças.

No norte do Uganda em 2005, o missionário comboniano conheceu a forma como o Exército de Libertação do Senhor “estava ainda ativo e aterrorizava o povo acholi e as missões”; em Mindanao, no sul das Filipinas, o padre José Rebelo conheceu dois padres missionários italianos, o padre Peter Geremia e o padre Salvatore, que escaparam várias vezes de assassinatos; esteve na Coreia do Sul onde testemunhou o trabalho do padre Vincenzo Bordo com os pobres de Seul e a tensão na zona desmilitarizada; nos campos de refugiados no Sudão do Sul, ou nos Montes Nuba, encontrou vítimas do exército de Cartum, “a quem cortavam as orelhas e o nariz”.

“Há mal no mundo, e somos testemunhas de crueldades, mas há muito bem e os primeiros a conhecer e a beneficiar esses testemunhos, somos nós”, sublinha.

O padre José Rebelo foi também coordenador nacional da campanha “Jubileu 2000” (para o alívio das dívidas dos países pobres, com participação nas Cimeiras do G8 de Birmingham e Colónia, entre 1988-2000; da campanha Comboniana “Quebrar o Silêncio – Paz para a África”, no ano 2000; da “Campanha Contra as Armas Ligeiras” (petição entregue e discutida no plenário da Assembleia da República), entre 2002 e 2004; e participou no Fórum Social Mundial, em Belém do Pará (Brasil), em 2008.

As Obras Missionárias Pontifícias são uma Instituição da Igreja católica que compreende quatro dimensões: a Propagação da Fé (fundada em 1822), Infância Missionária (1843), São Pedro Apóstolo (1889) e União Missionária (1916) e têm por finalidade promover o espírito missionário universal.

PR

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Agência ECCLESIA

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