Portugal: Obra Nacional da Pastoral do Turismo alerta para respostas mais solícitas da Igreja

Lisboa, 20 mar 2015 (Ecclesia) – A Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT) participou na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e o seu diretor faz uma avaliação das medidas a que “urge dar resposta” manifestadas na presença que permitiu uma “escuta enriquecedora”.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a ONPT explica que à necessidade de disponibilizar o património religioso “garantindo a abertura das Igrejas e capelas” têm um horário definido junta-se a necessidade de definição de roteiros turísticos por diocese.

“Atentemos que alguns municípios querem mesmo avançar com esta ação, mesmo que dependentes da autorização dos detentores do património. A Igreja tem aqui uma especial responsabilidade, da qual não se pode demitir”, destaca o diretor, o padre Carlos Godinho.

O sacerdote recorda que no sítio online da ONPT, na secção «destinos», já existe o acesso às dioceses portuguesas onde estas também podem publicar os seus roteiros e adianta que vai ser elaborado um “guião de conteúdos” para que exista “maior uniformidade” itinerários apresentados.

À urgência dos acompanhamento nas visitas ser realizado por “voluntários minimamente formados” e “guias qualificados”, o padre Carlos Godinho revela que estão a “concretizar parcerias” com o Turismo de Portugal.

No caso concreto de peregrinações, em especial à Terra Santa, a Obra Nacional da Pastoral do Turismo destaca o trabalho positivo que é realizado mas apela a “critérios de orientação” para que estas viagens não sejam “apenas de caráter cultural”.

O padre Carlos Godinho adianta que a participação na BTL teve como objetivo principal dar a conhecer o serviço eclesial a que se propõe a “ONPT, os seus objetivos e missão”.

Existe também a necessidade de valorizar o turismo religioso “não apenas como princípio” onde a Igreja deve “fazer o que lhe pertence”, uma vez que este foi aprovado como “produto estratégico” no Plano Nacional do Turismo para Portugal.

O responsável apela que a Pastoral do Turismo seja assumida pelas comunidades cristãs nas suas “múltiplas vertentes de ação”, pela sua “dimensão humana e social”, para que esta “realidade incontornável do agir humano” não fique sem resposta solícita da Igreja.

Segundo o diretor a síntese de “algumas preocupações mais urgentes” resulta da “escuta” de muitos operadores turísticos, autarcas, presidentes de região de turismo, e mesmo particulares, e revela que já foram comunicadas aos bispos portugueses.

No comunicado, frisa a “escuta muito enriquecedora” que a BTL permitiu enquanto espaço de “encontro, diálogo, desafio e interpelação à Igreja e à sua ação”.

Na terceira participação da Igreja Católica portuguesa na Bolsa de Turismo de Lisboa o expositor da ONPT mostrou destinos nacionais e o Comissariado da Terra Santa, entre 25 de fevereiro e 1 de março.

CB

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Agência ECCLESIA

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