Movimento católico «Comunhão e Libertação» publica manifesto para as eleições do dia 1 de outubro
Lisboa, 14 set 2017 (Ecclesia) – O movimento ‘Comunhão e Libertação’ (CL) publicou um manifesto para as eleições autárquicas de 1 de outubro, apelando a um esforço conjunto, que ultrapassa os que “já estão envolvidos na política”.
“Para responder aos desafios atuais, não são necessários partidos de plástico impostos de cima, mas pessoas profundamente inervadas num povo real e não virtual”, refere o documento enviado à Agência ECCLESIA.
O movimento católico assinala que é preciso empenho em “reconhecer quem são os candidatos” que, além dos lugares comuns e das ideias que os meios de comunicação popularizam, “representam aquilo que verdadeiramente move”.
Para o CL, aquilo de que há hoje “maior urgência” é de sujeitos que possam “nas coisas pequenas ou nas grandes”, encontrar-se, dialogar e fazer propostas credíveis.
O movimento observa que nas pessoas e nas realidades sociais “parece dominar o pessimismo” que é “muito alimentado” pela incerteza e os problemas.
“O aumento da pobreza; a ausência de referências na sociedade civil e de propostas capazes de incidir na vida real das pessoas; a marginalização, os idosos, a falta de alojamento para os mais carenciados e os jovens casais”, elenca o documento.
No manifesto ‘Razões de um empenho para o bem de todos’, os membros do CL indicam que a “seriedade” em relação à realidade e às suas urgências “alimenta o empenho” por aquele bem comum, o bem de todos, que o Papa Francisco “aponta como um desafio a acolher”.
Neste contexto, defende-se a construção de “corpos intermédios” que permitam às pessoas viver melhor, segundo o princípio de subsidiariedade.
“O primeiro empenho pelo próximo e pelo bem comum, qualquer que seja o ideal em que se acredita, é não deixar de construir a partir de baixo respostas à necessidade, vencendo a tentação de enriquecer ou de obter através disso qualquer forma de poder”, desenvolve o movimento ‘Comunhão e Libertação’.
CB/OC