Roma, 02 mai 2016 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se com a Comunidade de Santo Egídio, em Roma, a pedido desta, para uma troca de informações sobre a situação em Moçambique.
“A Comunidade pediu para ser recebida, foi recebida e expôs a sua visão acerca de Moçambique”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela Lusa, na capital italiana.
A comunidade católica de Santo Egídio é reconhecida pelo seu papel nas negociações que levaram à assinatura do Acordo Geral de Paz entre Frelimo e Renamo, em Roma, a 04 outubro de 1992, após 16 anos de guerra civil em Moçambique.
“Estando de partida para Moçambique ainda hoje, é natural que tenha sido importante recolher informação sobre Moçambique”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que “foi muito útil ouvir a posição da Comunidade de Santo Egídio”.
Em declarações à Lusa, o padre Angelo Romano, da Comunidade de Santo Egídio, afirmou que o encontro de hoje com o Presidente português visava a procura de "um caminho para o diálogo" entre Frelimo e Renamo, face à atual crise político-militar moçambicana.
Cerca de 60 mil leigos fazem parte da Comunidade de Santo Egídio em mais de 70 países, incluindo Portugal.
Em 2014, a comunidade católica recebeu o Prémio Calouste Gulbenkian pela sua ação em favor da paz no mundo e junto dos mais pobres.
A Comunidade de Santo Egídio foi fundada no bairro de Trastevere, em Roma, Itália, por Andrea Riccardi, professor de história contemporânea, em 1968; tem reconhecimento da União Europeia e do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), pelo trabalho em prol dos direitos humanos e da paz, a nível internacional.
OC