“Next Summit” é promovido pela ACEGE, Associação Cristã de Empresários e Gestores, inspirado nas principais mensagens de Francisco na JMJ
Lisboa, 12 jan 2024 (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) quer levar os jovens a transportar a experiência da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 para o quotidiano, realizando um encontro nacional, no próximo dia 3 de fevereiro, na Universidade Católica Portuguesa (UCP).
“O grande objetivo acaba por ser desafiarmos os jovens, nomeadamente os jovens empresários, a pensarem de maneira prática como é que podemos transferir as mensagens do Papa para os nossos locais de trabalho e para as nossas vidas, acima de tudo é isto”, afirmou Salvador Mathias, coordenador nacional da ACEGE NEXT, um núcleo dentro da associação que pretende representar as gerações mais novas de associados e futuros associados.
“JMJ e agora?” é o mote do encontro “Next Summit”, inspirado nas principais mensagens do Papa Francisco deixadas na JMJ, que se destina aos profissionais da geração empresarial entre os 20 e os 40 anos e que também vai abordar o tema “Ser empreendedor de sonhos e não ter medo”.
“Vivemos tempos difíceis no mundo, mas, especialmente em Portugal, os jovens têm de ter cada vez mais voz e têm de se assumir cada vez mais”, defende o responsável, que dá o exemplo do número de jovens que emigram por condições económicas, financeiras e políticas, e que é preciso “evitar”.
“Aproveitar talvez esta altura em que vai haver eleições para podermos, efetivamente, mudar alguma coisa no país e os jovens são essenciais para esta mudança”.
A edição da Jornada Mundial da Juventude em Portugal envolveu milhares de participantes, de diferentes idades, nacionalidades e culturas – só as Maldivas não tiveram representação na JMJ – constituindo-se como um encontro de partilha.
“A diversidade é sempre boa, é sempre importante para todas as empresas”, destaca Salvador Mathias, que, citando o Papa Francisco, convida “todos, todos, todos” a serem “motores de mudança nas suas empresas”.
“O país precisa de mudança, e esta necessidade de mudança só acontece com os jovens, que têm de se assumir, acima de tudo, assumir esta responsabilidade da mudança e não deixarmos as coisas para os mais velhos”, indica.
O coordenador nacional da ACEGE NEXT aponta os obstáculos e desafios que se apresentaram durante a JMJ como uma oportunidade para os jovens empresários aprenderem no âmbito de situações futuras.
“Dei o exemplo das caminhadas todas e do esforço físico e daquelas esperas ao sol que muitos tiveram. Acho que a maioria dos jovens provavelmente no seu dia-a-dia não vive estas situações de adversidade, graças a Deus, mas viveram ali num ponto muito específico e muito pequeno, […] dá aqui uma sensação de que quando nós queremos conseguimos ser muito resilientes e fortes na adversidade”, explicou.
Segundo Salvador Mathias, a jornada acabou “por ser um reflexo disso”, da resiliência dos jovens na adversidade e “não deixarem andar”.
“Basicamente é mesmo esta palavra, é não deixarem andar e serem agentes ativos na mudança”, salientou.
O responsável reconhece que os jovens, “acima de tudo, precisam de oportunidades”, apelando “aos líderes mais velhos a olharem para os jovens como capacitados”, considerando esta “das gerações mais bem preparadas de sempre”.
“Nós, jovens, também precisamos de responder ‘presente’ quando somos chamados, e envolver-nos nas causas e não esperar que façam por nós, e, portanto, precisamos mesmo de pôr as mãos à obra e de fazer propostas à sociedade, mas para isso também precisamos de oportunidade para tal”, referiu.
De acordo com Salvador Mathias, a ACEGE NEXT “acaba por tentar dar uma resposta a esta necessidade de oportunidades e necessidade de dar voz aos jovens”.
Sobre o futuro depois da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, o responsável realça que “é importante que a sociedade civil e a Igreja, através das paróquias e outras associações também não deixem cair” as mensagens deixadas no encontro e “o momento de impulso que a Igreja também precisava”.
No “Next Summit” de dia 3 de fevereiro vão estar em destaque temas como “Liderar a minha vida”, “Liderar a transformação da sociedade”, “Liderar a mudança ambiental e económica”, “Liderar o interior (a minha relação com Deus)”.
Dois dos oradores já revelados são António Quadros Costa, engenheiro agrónoma, e José Maria Sacadura, co-fundador e o diretor geral no Powerdot Portugal.
A ACEGE, constituída em 1952, sob a denominação UCIDT – União Católica de Industriais e Dirigentes de Trabalho, é uma associação sem fins lucrativos e tem personalidade jurídico-canónica e civil, nos termos do artigo 10 da Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português e do Cânone 215 do Código de Direito Canónico.
LJ/PR
