Presidente da Confederação Nacional diz que a «troika» tem tentado «condicionar» apoio do Estado ao setor solidário
Lisboa, 11 nov 2012 (Ecclesia) – A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) manifestou este sábado em Fátima preocupações “muito sérias” perante as consequências da crise económica em Portugal.
A posição foi assumida pelo presidente da CNIS, padre Lino Maia, durante a assembleia geral da organização, que reuniu delegados de 141 Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Este responsável citado pela edição online do jornal oficial ‘Solidariedade’, deixou um alerta, considerando que “a troika tem tentado condicionar a Cooperação”.
“Ainda esta semana foi dito que tem que se cortar na Cooperação, mas não vai ser cortado. Existe, de facto, o risco de recuo, mas está minorado”, referiu o sacerdote católico.
O presidente da CNIS admitiu que muitas instituições se debatem com a questão da sustentabilidade e que poderá ser necessária uma nova linha de crédito dado que as solicitações atuais já ultrapassam o valor inicial de 12,5 milhões de euros.
A reunião aconteceu na semana em que foi assinado com o Governo o Protocolo de Cooperação 2013/2014, na presença da CNIS, a par dos presidentes das estruturas representativas das Misericórdias e das Mutualidades.
“Pela primeira vez, um Protocolo de Cooperação é assinado antes de começar o ano a que se refere”, destacou o padre Lino Maia, para quem o documento “tem a marca da CNIS”.
No próximo ano vai ser possível transferir e utilizar verbas de uma valência que não esteja completa numa outra que a instituição prossiga, “desde que não ultrapasse o valor da comparticipação estatal”, explicou o líder da CNIS.
No caso dos Lares de Infância e Juventude e dos Centros de Atendimento Temporário, o valor de comparticipação passa de 475 para 700 euros por utente.
OC