Pastoral Juvenil: «Há uma grande dificuldade, principalmente por causa da linguagem» – Hugo Monteiro

Quase um ano depois do arranque da Jornada Mundial da Juventude 2023, que mobilizou centenas de milhares de jovens portugueses, é convidado da Renascença e da Agência Ecclesia o coordenador-geral do Serviço Diocesano da Juventude de Coimbra

Entrevista conduzida por Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)

Este novo serviço congrega vários departamentos relacionados com a juventude e está a funcionar desde janeiro. Sentiu a sua nomeação como um sinal de confiança do bispo diocesano no trabalho que foi feito, nos últimos anos, particularmente na preparação da JMJ?

Este Serviço Diocesano da Juventude, quando apareceu, ou quando surgiu, ou quando começou a ser falado na nossa diocese de Coimbra, ainda a Jornada não tinha acontecido. Houve este cuidado, eu, juntamente com o senhor Bispo, porque eu era o coordenador do Comitê Organizador Diocesano para a Jornada Mundial da Juventude aqui em Coimbra, de falarmos, antes da Jornada acontecer, sobre o futuro. E isso era muito importante porque eu tive a sorte de viver duas Jornadas Mundiais da Juventude e já sabia, à partida, e pelo que estava a acontecer, como é que iria ser. Ia ser tudo muito bom, e depois acabou por ser.  Mas neste entusiasmo que íamos ter na jornada era importante, antes, começarmos a pensar no futuro, porque depois, se calhar, já estávamos a perder tempo. Então pensamos que, num pós-JMJ, deveria haver aqui uma reconfiguração, deveria haver aqui um novo impulso, uma nova linguagem, uma nova estrutura diocesana. E foi assim que tivemos reuniões com vários departamentos da diocese ligados à juventude, onde está a juventude, nomeadamente a parte da Pastoral Juvenil, a parte da Pastoral do Ensino Superior, a parte da Pastoral da Catequese, especialmente os últimos anos de Catequese de Infância, no nono e décimo ano, a parte da educação moral e religiosa, a parte também das vocações, também a parte dos vários movimentos que existem na diocese de Coimbra, reunimos e falámos um bocadinho.  E é daí que surge esta ideia de uma nova estrutura chamada Serviço Diocesano da Juventude. E este Serviço Diocesano, ligado a vários projetos, quer congregar todos estes movimentos, todos estes secretariados, todos estes serviços que existem na diocese ligados à juventude. Estamos numa fase muito inicial, mas quando começámos a falar nisto saiu o convite para eu liderar o processo. Não foi fácil dizer que sim, porque a Jornada Mundial da Juventude consumiu-me e de que maneira, ainda por cima como missionário ou como voluntário, porque nós na nossa Igreja de Portugal trabalhamos muito pelo voluntariado, não é? E então consumiu-me muito desde 2019. Então tive de pensar, tive de falar em casa, teve de ser, teve de haver aqui uma conversa, e depois aceitei este convite do senhor bispo. Fiquei muito feliz por ele acreditar. Isto é demonstrar que gostou do que aconteceu, que realmente valeu a pena, e eu acho que sim, que valeu muito a pena, e acho que há muito, muito para fazer, muito mesmo, e que poderíamos fazer muito mais, e penso que podemos fazer muito mais.

 

Já vamos falar do que é que há para fazer, mas deixe-me antes perguntar-lhe se a ideia também é expressar que todos, sem exceção, são bem-vindos e chamados a participar ativamente?

Este todos, todos, todos, que o Papa Francisco falou tão bem e tão alto, e nos chamou a pedir para repetir, e que agora se fala tanto neste todos, todos, todos, é uma grande responsabilidade para todos nós. Porque o todos, todos, todos não é dizer só que contamos com todos. Não. É colocá-los cá, é ir ao encontro deles, é abrir-lhes as portas, dar-lhes espaço, e isso é muito difícil.  É muito difícil porque, primeiro de tudo, somos ainda uma Igreja muito fechada, muito conservadora em alguns pormenores. Sendo que a mensagem vem de uma Jornada Mundial da Juventude, a nós desperta-nos logo. A nós e a todos, principalmente aos senhores bispos. isto diz-nos que temos de ir ao encontro de todos, todos, todos. Eu costumo dizer que fazemos um erro muito grande na Igreja, que é medir a fé de cada um. Parece que às vezes temos um medidor de fé, não sei se isso tem um nome, em sabermos a fé de cada um. Não, este todos, todos, todos é perceber que somos todos diferentes, e é aí que está a maior riqueza, é esta diferença que depois nos pode unir em Jesus Cristo. Isso é um desafio único, um desafio incrível, que sim, que temos de dar esses passos concretos para ir ao encontro de todos, e sem qualquer tipo de problemas.

 

Quando foi criado este serviço, assumiu como objetivo também a criação de serviços locais da juventude em cada unidade pastoral da diocese de Coimbra. Pergunto como é que tem corrido este projeto e o que é que já tem sido possível agregar?

Estes serviços locais da juventude estão a ser criados, já existem cerca de 10. Não é fácil, porque são sempre estruturas completamente novas. A ideia também é a própria diocese de Coimbra conseguir estar mais presente localmente, o que aconteceu muito na jornada, até por uma necessidade, por uma necessidade.

 

Na peregrinação dos símbolos também, imagino?

Isso foi então uma grande loucura, mas esta necessidade de irmos ao local, mesmo a casa das pessoas que nós muitas vezes nem conhecemos. Esta necessidade de termos uma data numa Jornada Mundial da Juventude, esta necessidade de termos famílias, porque vinham milhares de peregrinos para a diocese de Coimbra nos dias da diocese. Esta necessidade obrigou a Igreja de Coimbra a ter de caminhar a outra velocidade. Agora, não há essa necessidade, porque nós não temos essas datas, e este serviço local da juventude é aproveitar um bocadinho este background que houve nesta jornada, e também poder estruturar um pouco a parte pastoral da juventude localmente.

 

Em Coimbra, a diocese tem-se mostrado empenhada em não desbaratar a energia, o efeito, o balanço, o que quisermos chamar; que a jornada promoveu. O bispo propôs à diocese a realização do primeiro Sínodo dos jovens.  A iniciativa vai poder aferir o envolvimento da juventude de Coimbra na construção da Igreja? 

Tem de conseguir, tem de conseguir. Tivemos a reunião zero. Eu chamo-lhe reunião zero, que é aquela reunião para desconhecermos, e tem de conseguir. Este sínodo dos jovens que o senhor bispo lançou, esta vontade que nós acolhemos muito bem, tem de ir pedir, se for mesmo necessário ir pedir, aos jovens que os jovens digam abertamente o que pensam. As dificuldades, o que acham, o que é que deveria ser diferente, como é que é a sua fé, o que é que o afasta, o que é que o aproxima, mas temos de ir, temos de ir ao encontro.

 

E que temperatura é que tem sentido? 

Ainda agora começamos, mas também há uma temperatura que eu verifiquei, mas também estávamos à espera, tivemos uma jornada em que isto aqueceu e de que maneira, é natural que a seguir se verificasse um resfriado. Não estaríamos a contar certamente que íamos estar com a temperatura em alta, isso era impossível. Mas neste resfriar é muito importante percebermos que tudo o que aconteceu, tudo o que nós vivemos, temos de dar uma solidez para podermos ter uma pastoral da juventude, ou uma pastoral juvenil, forte, com presença de juventude e com voz da juventude. Muitas vezes tiramos-lhe a voz. Eu ainda ontem confidenciava com um amigo esta preocupação. Nós queremos os jovens, e dizemos aos jovens, venham cá, venham cá fazer isto! Mas se calhar não é o que eles querem fazer.

Este sínodo dos jovens, com uma equipa completamente feita por jovens, entre os 15 e os 30 anos, que saiba escutar e preparar depois um documento final, mas que saiba escutar a juventude. E estou a falar daqueles muito praticantes, daqueles pouco praticantes, daqueles que não são praticantes, mas principalmente a juventude. Para que possam sair resultados. Nós se queremos fazer um sínodo é porque queremos resultados, queremos escutar para haver resultados concretos. Ontem falávamos um bocadinho, isto deverá demorar cerca de dois anos, dois anos e meio, para poder ser algo consolidado, algo com qualidade, que também dê valor e depois também algo em que as pessoas se revejam.

 

Eu vou convidá-lo agora a alargar um bocadinho o olhar para o que é a realidade nacional. Na última semana o Patriarca de Lisboa, a respeito deste aniversário, disse que a JMJ gerou uma maior proximidade com as novas gerações. Estamos a saber capitalizar essa proximidade?

É difícil, essa é uma pergunta muito difícil. Nunca percebi muito bem porque é que nós queremos separar a Igreja por faixas etárias.  É demasiado. Temos as crianças, temos os jovens, temos os adultos…

 

Sim, é uma tradição, efetivamente…

Para mim é errada, completamente errada. Numa comunidade ativa, com dinamismos concretos, a juventude também se aproxima. Uma comunidade com uma juventude ativa, com grande dinamismo, a comunidade toda se aproxima. Vimos na Jornada Mundial da Juventude. Bastou andar por lá para perceber que não eram todos jovens naquela casa que foram mais convidados, entre os 15 e os 30 anos.  Não, havia pessoas de outras idades. Para dizer que esta divisão depois cria um bocadinho de obstáculos e torna as coisas mais difíceis. E a juventude também começa a pensar, mas afinal, isto é para mim? Não é? Isto é logo à partida uma dificuldade. E depois a nível nacional, devia haver, e aí sinto uma grande dificuldade, devia haver uma linguagem única, de entusiasmo a nível nacional, bem trabalhada. Algo que aconteceu muito na Jornada e algo que não sei se agora está a acontecer também.

 

Sente que o balão, desculpe a imagem, mas sente que o balão de alguma forma esvaziou depois do dia 6 de agosto?

Mas ele tinha de esvaziar. Isto não tínhamos hipótese nenhuma. Ele tinha de esvaziar.

 

O problema é como é que voltamos a encher? 

Isso é grande dificuldade.

 

Mas não tem a sensação que esvaziou demasiado depressa? 

Também tenho um bocadinho a sensação disso, mas ele tinha de esvaziar. É assim, nós temos a certeza que ele tinha de esvaziar.  Agora, temos de saber trabalhar para ele encher. E para ele encher nós não podemos andar a trabalhar, eu digo muito isto, por quintinhas, costumo dizer isto. Não. Tem de haver um trabalho muito nacional de mensagem, de comunicação; a comunicação é essencial, de envolvimento, de eventos.  A Jornada quer se queira, quer não, foi um grande evento. E os jovens precisam sentir que também estão a ser convidados para grandes momentos, que sejam bem trabalhados, bem organizados. Se não são absolvidos por tudo. Neste momento há tanta oferta, que se não for algo que verdadeiramente toque, que seja bem preparado, que haja um bom caminho, bem organizado, dificilmente conseguimos cativar a juventude. Isto é uma responsabilidade muito grande da Igreja portuguesa.

 

A Diocese de Coimbra celebrou em abril o início de uma nova peregrinação junto dos jovens com a réplica da cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude. É um esforço de retomar a dinâmica que se viveu nas várias comunidades, aquando do encontro do ano passado?

Nós não queremos fazer igual. A peregrinação que houve com os símbolos da JMJ foi única porque íamos, pela primeira vez, ter no nosso país a Jornada Mundial da Juventude. Esta cruz, esta réplica da cruz, é para fazer momentos concretos, não para relembrarmos sempre a Jornada Mundial da Juventude, mas para ter missões concretas agora, de futuro. Porque senão estamos sempre a falar do mesmo e não damos passos em frente.

 

Mas entra nessa lógica, de que estava a falar, de criar iniciativas que mobilizem os jovens…

Exato, que mobilizem, mas que sejam iniciativas concretas e que eles se revejam. E o jovem que carrega aquela cruz, que se reveja no significado daquela cruz. Não só o que aconteceu, mas também o que podemos ainda viver, o que podemos ainda fazer.

Queremos criar um dinamismo também com esta cruz, na parte do voluntariado, na parte de ir ao encontro dos mais necessitados, de regressar às comunidades, mas de uma forma diferente. Porque já não estamos em preparação para a Jornada, estamos numa preparação contínua para termos esta Igreja viva nas nossas comunidades, o que é muito difícil. E que esta cruz peregrina, esta réplica, sirva também para isso. Ela agora no verão está a descansar…

 

Há um ano, por esta altura, Coimbra recebia cerca de 14 mil peregrinos, nos Dias na Diocese, uma experiência que se viveu de norte a sul do país. Que impacto é que esta presença, esta experiência internacional deixou nas comunidades católicas?

Por Coimbra, na Jornada, passaram cerca de 25 mil pessoas, porque tivemos a realidade dos inscritos, nos Dias na Diocese, quase 15 mil, e tivemos muitos que vieram de passagem, porque queriam passar e conhecer Coimbra. Tivemos algumas congregações que não estavam inscritas porque tinham os seus próprios programas. Aliás, na semana da Jornada em Lisboa, falavam muito de Coimbra, “o que é que se passa aqui em Coimbra, que estão aqui tantos peregrinos, que continuaram a passar?”. Foi muito bonito, foi incrível. E o que é que isto fez? Digo-o sem problema: aproximou-nos muito da sociedade. Perceberam que realmente é algo muito especial, a Jornada foi algo muito especial, e as portas da sociedade escancararam-se. Falo de câmaras municipais, de associações, de universidades, de escolas, abriram-se para esta Jornada, abriram-se e eu nunca senti nada assim, porque se abriram sem qualquer problema. Acolheram todas as nossas propostas, tudo o que nós pedíamos, todo o envolvimento. Envolviam-se e diziam que sim, que queriam fazer parte. Claro, quando chegamos àquela altura e chegaram estes milhares de peregrinos, viram que realmente valeu a pena.

 

Coimbra tem um desafio particular, dada a sua relação com a universidade. É um campo privilegiado de ação pastoral na área da juventude?

É um campo que tem de ser muito bem trabalhado também, mas Coimbra tem uma riqueza muito grande nesta questão do Ensino Superior, porque todos os anos temos pão novo, o forno está sempre a dar pão novo, e isso é uma grande riqueza que tem de ser muito bem trabalhada. A nível pastoral tem havido alguma dificuldade, queremos ver se agora se consegue melhorar um bocadinho esta situação, mas Coimbra tem essa riqueza, tem estes jovens estudantes que todos os anos entram na Universidade e que dão outra força juvenil à própria cidade.

Há uma grande dificuldade, principalmente por causa da linguagem. Os jovens, de ano para ano, têm linguagens diferentes e nós temos de ter um cuidado enorme. Desculpem partilhar isto convosco: antes da pandemia, eu já tinha sido nomeado por causa da Jornada Mundial da Juventude, em 2019, fui falar a um lugar sobre redes sociais na Igreja, e falei sobre o Facebook – agora é mais Instagram, mas na altura ainda falei no Facebook – e disse assim, “olhem, o Facebook tem um problema, nós criticamos muito, a Igreja está lá pouco, mas a Igreja tem de andar passos à frente, quando o jovem chega lá, a Igreja já lá está, e nós andamos sempre, quando é preciso já lá vamos”… ainda fui criticado na altura por isso, foi cair a pandemia, e era toda a Igreja a utilizar o Facebook, por necessidade. Onde chegar, o jovem precisa que a Igreja já lá esteja, seja nas redes sociais, seja na escola, seja na Universidade, que seja acolhido, que a Igreja saiba acolher. Temos uma dificuldade enorme em fazer isso, parece que estamos à espera que aconteça, para lá irmos, é tipo os incêndios, só quando chegar aquele patamar é que lá vamos. Não, a Igreja tem de dar um salto significativo nesta aproximação à juventude, senão andamos sempre a falar do mesmo. A Jornada correu muito bem, porque tínhamos a data, tínhamos a data ali…

 

O processo sinodal lançado pelo Papa Francisco decorre desde 2021, depois do Sínodo dedicado aos jovens em 2018. O próprio Papa diz que foi aí que nasceu esta ideia do Sínodo sobre a sinodalidade: é preciso valorizar o envolvimento das novas gerações nesta forma de ser Igreja que é proposta por Francisco?

Nós temos de valorizar, integrando a juventude nas próprias ações, não é só chamá-los, não podemos só chamar a juventude para estarem lá, que é o que acontece. Perdoem, mas acontece muito isto. “Nós temos aqui um grupo que avalia isto, somos 50, e são 10 jovens”. E o que é que vale a presença dos 10 jovens? É importante darmos voz, mas respostas também, não é só ouvi-los e ficar na gaveta. Nós temos de ir ao encontro e dar-lhes respostas e envolvê-los nas decisões, senão andamos sempre com os mesmos problemas. Nós temos uma crise, sem ser na Igreja, de líderes da juventude, temos uma crise de líderes de jovens em Portugal, não sei se reparamos isso. Depois queixamo-nos que são sempre os mesmos, “lá vem aquele mais velho”, e na Igreja também temos essa dificuldade, faltam os líderes.

 

Quando são jovens também se queixam porque são demasiado jovens…

Exatamente. Desculpem, temos de ouvir os jovens, temos de lhes dar espaço, temos de os deixar fazer, temos de deixar que as coisas aconteçam, senão vamos estar mês a mês, ano a ano a falar do mesmo – e daqui a uns tempos estamos a dizer que não jovens na Igreja, porque fica complicado assim. O Papa Francisco percebe isso, por isso é que este Sínodo é fundamental neste momento e que haja bons resultados dele. Este Sínodo dos Bispos, que em outubro terá a sua conclusão… que haja bons resultados e que a Igreja portuguesa saiba ouvir e aplicar.

 

E vamos a caminho do Jubileu 2025, que prevê no seu programa um grande encontro de jovens em Roma. É uma oportunidade especial para a Igreja Católica em Portugal de retomar caminhos lançados durante a preparação da jornada?

O Jubileu em Roma já devia estar a ser trabalhado desde o dia 7, 8, 9 de agosto de 2023.

 

Não está, então?

Pois, eu tenho pouca informação ainda do Jubileu, só pela parte lá de Roma, mas a nível nacional devia estar a ser muito trabalhado. Um Jubileu é uma oportunidade única. Ainda por cima, tendo nós a Jornada Mundial da Juventude, onde o Papa Francisco nos convidou, convocou-nos localmente: vamos a Seul, mas antes temos de ir a Roma.

 

É preciso arrepiar caminho?

Muito. A minha mãe costuma dizer que “tem de se dar ao chinelo”. E nós temos de andar muito para a frente, nós temos de fazer muito mais. E também temos de ser muito mais profissionais, não podemos ser tão voluntários no que acontece. Nós nunca faríamos uma Jornada Mundial da Juventude se fosse por voluntariado. Não tínhamos qualquer tipo de hipótese, na sua organização principal.

Nós temos de pensar muito mais alto, se queremos uma reforma estruturada e se queremos cativar a juventude de hoje. A juventude tem tanta coisa para se cativar, se a Igreja não percebe que tem de a cativar, tem de repensar, então fica sempre muito difícil, muito difícil mesmo.

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Agência ECCLESIA

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