Semana de Oração pela unidade decorre até 25 de janeiro
Lisboa, 19 jan 2017 (Ecclesia) – Dois responsáveis cristãos em Portugal, um presbiteriano da Igreja da Escócia e um Ortodoxo da Ucrânia, destacam a voz e ação ativa do Papa Francisco pelo ecumenismo e a importância da Semana de Oração pela unidade, este ano centrado na reconciliação.
Norman Hutcheson, da St. Andrew’s Church of Scotland, disse à Agência ECCLESIA, que o tema da reconciliação “nunca foi tão importante do que agora”, quando existem países “em tensão” uns com os outros.
Neste contexto, o reverendo presbiteriano sublinha que o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que no hemisfério norte se celebra até 25 de janeiro, é sobre “construir pontes” e “mais importante” aprender com a “experiência” dos outros.
A iniciativa, que começou esta quarta-feira, evoca este ano os 500 anos da reforma protestante, iniciada por Martinho Lutero e inspira-se numa passagem da segunda carta de São Paulo aos Coríntios: ‘É o amor de Cristo que nos impele’.
O padre ucraniano Vasyl Bundazyak considera, por sua vez, que a Igreja Católica e as outras Igrejas Cristãs demonstram com as iniciativas ecuménicas que procuram “a paz”.
O padre missionário ortodoxo sublinha que a semana ecuménica serve para “unir as várias confissões” e permite que se percebam uns aos outros.
O reverendo Norman Hutcheson afirma que tem “muito respeito” pelo Papa Francisco e que, como cristão, vê em nele “um homem com grande preocupação” em construir pontes.
“Talvez até em demolir algumas tradições criadas ao longo dos séculos e que nos dividiram”, acrescentou.
O assistente espiritual da St. Andrew’s Church of Scotland sublinhou a importância de “construir pontes e frentes ecuménicas” juntando as Igrejas no “entendimento e reconhecimento” de todos como irmãos e irmãs em Jesus Cristo” e não como inimigos”.
“Então, o Papa Francisco fez um grande serviço ao mundo e à Igreja”, observou Norman Hutcheson, que acompanha a comunidade em Lisboa desde 2013.
Por sua vez, o padre da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kiev, que está em Aveiro, também destaca o “grande trabalho” ecuménico do Papa Francisco, como a visita à Suécia, em 2016, na qual mostrou que Igreja Católica “está para curar, abrir portas” para o ecumenismo ser uma “realidade”.
O padre Vasyl Bundazyak também assinala que é necessário que as Igrejas se ouçam, porque “a mensagem única”, o Evangelho, e têm “de mostrar que fazem o que está escrito”.
CB/OC