Números de 2011 revelam quebra em dois anos e mostram relevância dos leigos na presença em quase 50 países
Lisboa, 15 mai 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica em Portugal tinha 699 missionários em 2011, distribuídos por dezenas de países, um número que revela uma quebra de 84 pessoas face a 2009.
Os dados são revelados pelo “Inquérito sobre os Missionários, Missionárias e Leigos Portugueses em Missão Ad Gentes em 2012”, hoje enviado à Agência ECCLESIA pelo padre António Lopes, diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias.
Os missionários e missionárias leigos são neste momento em maior número (287), seguindo-se as religiosas (208) e os missionários padres e religiosos (203).
O Brasil é o país que acolhe mais missionários e missionárias consagrados (81), sendo Moçambique o destino mais procurado pelos missionários leigos (121).
Na globalidade, África é onde está o maior número de missionários portugueses (464), seguindo-se a América (125), a Europa (70) e a Ásia (40).
Além dos países e territórios lusófonos, surgem na lista outras 40 nações.
Os dados dos leigos missionários são oferecidos pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), que recentemente lançou o estudo ‘Voluntariado: Missão e Dádiva’, no qual traçava o perfil destes voluntários, sobretudo jovens do sexo feminino, licenciadas, financeiramente autónomas e ligadas a áreas orientadas para a ajuda ao próximo, como a educação e a saúde.
O retrato sociocultural de cada candidato, traçado ao longo de um ano a partir de dados recolhidos junto de 57 organizações de cooperação para o desenvolvimento, sublinha que quem parte em missão “sofre uma espécie de chamada interior” e está naturalmente predisposto a “colocar o seu saber e disponibilidade ao serviço do outro”.
Indicadores retirados entre 2005 e 2010 mostram ainda que o tempo de missão oscila sobretudo entre um e três meses mas há cada vez mais pessoas a optarem por períodos mais longos, que vão até dois anos de missão.
OC