«Sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso», alerta Comissão Episcopal do Laicado e Família
Lisboa, 15 jul 2020 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) dos bispos católicos portugueses desafiou a sociedade a celebrar o “tesouro” que os avós representam, numa mensagem que assinala a festa de 26 de julho, memória litúrgica de São Joaquim e de Santa Ana.
“Neste tempo que vivemos, precisamos de o dizer de forma clara, de o defender de forma assertiva. E os tesouros são protegidos, tocados com cuidado e admiração. Uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso”, refere o texto do organismo episcopal, enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O texto elenca um conjunto de atitudes que são associadas ao papel dos avós, na relação direta com os seus netos, destacando que “compensam em amor as ausências, as zangas, as dificuldades de pais ocupados, de vidas separadas”, com um “amor incondicional”.
Os avós sustentam a vida das famílias, não só porque muitas vezes permitem a sobrevivência ou algum desafogo, mas porque são as raízes de tantas vidas. Contam as histórias de cada passado, ajudam a perceber a diferença entre essencial e supérfluo”.
A CELF destaca a importância do “testemunho concreto e real de outros tempos, tantas vezes marcados por dificuldades, lutas e carências”.
“O dia dos avós é uma oportunidade para dar graças, abraçar e celebrar a presença dos avós no passado e no presente, ir às próprias raízes e descobrir neles a ternura e o amor de Deus”, sustentam os bispos.
“Talvez sintamos a vontade de correr para os braços de um avô velhinho, de uma avó sozinha. Ou de rezar por quem já partiu. Ou de contar a um filho, a uma neta, a história dos avós, dos bisavós, de todos os que nos deram a vida”, acrescenta a mensagem.
OC