Vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz sublinha alerta sobre agravamento da situação económica e social do país
Lisboa, 21 jul 2022 (Ecclesia) – A vice-presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) considera que “há cada vez mais pessoas a ficar para trás”, devido ao agravamento das condições sociais e económicas no país.
“Em Portugal, infelizmente, todos os anos os relatórios mostram o aumento do número de pobres e em risco de pobreza, por isso há cada vez mais pessoas a ficarem para trás”, disse à Agência ECCLESIA Maria do Rosário Carneiro.
A responsável falava a respeito da nota que a CNJP e seis comissões diocesanas lançaram esta segunda-feira, “no sentido de ser uma voz mais alargada e consolidada” sobre o impacto da inflação e as consequências da pandemia e da guerra na Europa.
Para a vice-presidente da CNJP, a sociedade portuguesa tem “níveis de desigualdade escandalosos”.
“Esta catadupa de crises está a deixar as pessoas estupefactas e impotentes, como reagir a tanta coisa”, frisou a responsável, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
O documento das organizações católicas alertava para o impacto da inflação e as consequências da pandemia e da guerra na Europa.
“Os últimos três anos têm sido avassaladores” e “as tragédias afetam sempre quem tem menos”, realçou Maria do Rosário Carneiro.
Na nota “Que ninguém fique para trás”, as organizações católicas apelam a uma intervenção política integradora.
“A pandemia, e agora os fogos, ensinaram coisas extraordinárias: a força da intervenção e presença local”, sublinhou a vice-presidente da CNJP.
O texto defende o reforço das competências autárquicas, “incluindo as estruturas da sociedade civil, reconhecendo-as e reforçando os meios quando for caso disso”.
“Uma integração envolvente é fundamental na resolução dos problemas”, concluiu Maria do Rosário Carneiro.
A nota é assinada pela CNJP e as Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Bragança-Miranda, Évora, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco e Vila Real.
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