Portugal: Grupo de cidadãos lança «Observatório para a Liberdade Religiosa»

Projeto integra especialistas como o jornalista e investigador Joaquim Franco e o professor Alexandre Honrado

Lisboa, 14 nov 2014 (Ecclesia) – Um grupo de cidadãos ligados à investigação, comunicação e jornalismo decidiu criar um Observatório para a Liberdade Religiosa a fim de monitorizar a sociedade nesta área e sinalizar casos de discriminação.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, os impulsionadores do projeto explicam que o objetivo é constituir “um instrumento isento e independente” de análise à Liberdade Religiosa, num tempo em que “quer em termos nacionais quer internacionais”, este campo pede uma resposta mais efetiva.

Ao nível do país, a ameaça vem sobretudo da “situação bastante frágil” das instituições, devido à crise, e da falta de uma regulação mais efetiva das relações entre empregadores e empregados, sobretudo os que estão ligados a minorias religiosas.

No plano internacional, são os casos de violência cometidos por grupos radicais islâmicos contra comunidades cristãs ou de outras crenças, em países como o Iraque ou a Síria, que atingem já “limites de banalização que não se pensavam possíveis”, salientam.

O novo “Observatório para a Liberdade Religiosa” vai ser acolhido pelo departamento de Ciências das Religiões da Universidade Lusófona, em Lisboa, e ser coordenado numa fase inicial pelo jornalista e investigador Joaquim Franco e pelo professor Alexandre Honrado.

Na origem desta iniciativa estiveram ainda outros especialistas nesta área com ligações à Lusófona, como Fernando Catarino, Mariana Vital, Osiel Lourenço, Paulo Mendes Pinto, Rui António da Costa Oliveira e Rui Lomelino de Freitas.

A ideia é abrir o Observatório “a todos os cidadãos, investigadores ou não, profissionais ligados à religião, ou não, para rapidamente criar uma dinâmica de efetiva monitorização da Liberdade Religiosa”.

Através de “iniciativas próprias e/ou estabelecendo parcerias”, o novo organismo terá como missão “acompanhar e facilitar processos de diálogo cultural, entre estruturas de crença, na forma de religiões e/ou espiritualidades, promovendo o respeito pelas diferenças e a responsabilidade social, para uma cidadania plena e ativa”.

Procurará ainda “facultar às comunidades religiosas, à academia e à sociedade em geral, mecanismos de identificação, sinalização e análise do Fenómeno Religioso, em defesa da Liberdade Religiosa e baseado na Carta dos Direitos do Homem”, num esforço que cruzará “conhecimento e informação”.

Na próxima semana, em data e hora ainda por definir, será realizada uma conferência de imprensa para a apresentação mais detalhada dos princípios norteadores do Observatório e lançada a página de internet do projeto.

JCP

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