Portugal: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre angariou valor recorde de donativos

Solidariedade mundial dos benfeitores da fundação pontifícia também «volta a superar expectativas»

Lisboa, 29 jun 2017 (Ecclesia) – O secretariado português da Fundação Ajuda à Igreja (AIS) que Sofre anunciou hoje que conseguiu “recolher mais de 3 milhões de euros” em donativos no ano de 2016, um “máximo histórico”.

“Mais verbas recolhidas, mais projetos apoiados. Esta é uma cadeia de solidariedade que cresce de ano para ano, mas que continua a ser insuficiente para dar resposta a todos os apelos que chegam dos quatro cantos do mundo”, destaca a AIS, numa nota enviada à Agência ECCLESIA

Segundo o Relatório Anual, a fundação pontifícia apoiou 5303 projetos em 2016, mas teve de recusar outros 2109 “por falta de verbas disponíveis”.

Em Portugal, o secretariado nacional da AIS informa que conseguiu recolher 3 milhões e 178 mil euros, um valor recorde que acompanhou o “aumento da contribuição generosa” dos benfeitores e amigos da fundação a nível internacional, com a angariação de “mais de 128 milhões de euros”.

“Uma ajuda que se tem vindo a revelar absolutamente crucial em algumas zonas do globo onde os Cristãos têm estado a ser particularmente atingidos por guerras, violência e terrorismo”, elucida o comunicado que exemplifica que “quase 50% da ajuda” aos cristãos no Iraque é da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

“Médio Oriente, África, Europa Central e de Leste e Ásia, são as regiões do mundo onde mais se espelha a generosidade dos benfeitores num total de 148 países”, desenvolve a AIS.

O continente africano, por exemplo, “tem estado no centro das prioridades” da AIS, tendo sido canalizada 27,5% do total da ajuda para além da Campanha de Solidariedade que está a decorrer desde a Quaresma.

O comunicado destaca que a ajuda se revela “imprescindível” para a própria “sobrevivência do próprio clero e das comunidades religiosas”: 43 mil sacerdotes em África e na Ásia, 11 mil religiosas e “quase 11 mil seminaristas”.

“Um número que ganha uma dimensão impressionante ao perceber-se que 1 em cada 11 seminaristas no mundo é apoiado diretamente”, realça a fundação pontifícia.

No ano de 2016, através da AIS foram ainda apoiados 1222 projetos de construção e “entregues 765 meios de transportes” a sacerdotes e religiosas.

A Campanha da Misericórdia, realizada no jubileu extraordinário, materializou-se em “projetos concretos em países distantes” como Líbano, Colômbia, a República Centro-Africana e a Índia.

A Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre foi criada pelo padre Werenfried van Straaten, em 1947, inspirado na mensagem de Fátima, e tem como objetivo “apoiar projetos de cunho pastoral em países onde a Igreja Católica passa por maiores dificuldades”.

CB/OC

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