Portugal: Exposição mostra o país e a fé do povo através do santuários marianos

«Nossa Senhora é a mesma, mas é representada em todo lado como a fé absolutamente extraordinária do povo», afirma José Sá Fernandes que fez a recolha patente ao público no Convento da Graça, em Lisboa

Lisboa, 12 jan 2024 (Ecclesia) – O coordenador do Grupo de Projeto do Governo Português para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 fez uma recolha dos ‘Santuários Marianos de Portugal’, título de um livro e da exposição inaugurada no Convento da Graça, em Lisboa.

“É conhecermos o país através dos santuários marianos, desde Trás-os-Montes, até a Vila Real de Santo António, incluindo as ilhas. Temos a Nossa Senhora em todo lado. A Nossa Senhora é a mesma, mas é representada em todo lado como a fé absolutamente extraordinária do povo, do povo simples”, disse o coordenador do Grupo de Projeto do Governo Português para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, em declarações à Agência ECCLESIA.

José Sá Fernandes salienta que “aqueles que não acreditam” vão ver nesta recolha dos Santuários Marianos de Portugal’ “um país extraordinário”, e aqueles que acreditam veem “um país extraordinário com a Nossa Senhora”.

“Conhecemos o país e conhecemos a fé”, sublinha o entrevistado, que nesta recolha descobriu “um território inacreditável e uma fé absolutamente extraordinária”.

“É bom a gente ter essa fé, da gente simples, quer o Papa Francisco, quer o Bento XVI, falavam disso. Nós devemos incentivar essa coisa simples de acreditar, de acreditar em comunidade, o que é uma coisa ainda melhor”, acrescentou o coordenador do Grupo de Projeto do Governo Português para JMJ Lisboa 2023.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Presente na inauguração, esta quinta-feira, o patriarca de Lisboa disse à Agência ECCLESIA que esta recolha e registo é importante porque resulta fundamentalmente de “duas atitudes interiores que são inerentes ao cristão em relação à Nossa Senhora”.

“A atitude da memória, porque Nossa Senhora é a presença maternal de Deus na nossa vida, porque ela é a nossa mãe e todo o carinho e todo o afeto que nós possamos viver para com ela é sempre motivo e pretexto para organizar encontros e reencontros como esta maravilhosa exposição. Em segundo lugar, é uma mensagem que nós queremos laçar para o mundo, porque quando falamos da Virgem Santíssima, nós estamos a falar de um conjunto de sentimentos”, explicou D. Rui Valério.

Para o patriarca de Lisboa, no atual momento histórico da humanidade, que é “um momento dramático” por causa da guerra, por causa das sucessivas crises, “voltar o olhar para a Virgem Santíssima é reescutar aquele apelo que ela fez na Cova da Iria”.

“Pela oração era possível chegar à paz, pela proximidade a partir do coração era possível estabelecer pontos entre as nações e entre a humanidade”, acrescentou.

D. Rui Valério disse também que conhece presencialmente a maior parte dos Santuários Marianos do Patriarcado de Lisboa, têm “alguns muito significativos”, e salientou, que como noutras regiões do país, esta diocese “é rica também por essa ternura que dispensa à Virgem Santíssima”.

A exposição ‘Santuários Marianos de Portugal’ é de entrada é livre e pode ser visitada até dia 31 de março, todos os dias, das 10h00 às 19h00, na sala do capítulo e nos claustros do Convento de Nossa Senhora da Graça, em Lisboa.

A exposição, que já esteve patente durante a JMJ nos jardins de Belém, foi inaugurada esta quinta-feira, quando o Grupo de Projeto do Governo Português para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 recebeu a ordem honorífica do Estado do Vaticano, de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

O reitor do mais conhecido santuário mariano do país, o Santuário de Fátima, destacou que “Portugal é a terra de Santa Maria”, sabia que existiam muitos santuários marianos, por isso não ficou “admirado com o número” mas, com este trabalho, descobriu “muitos santuários de que não conhecia sequer o nome, nem a localização”.

“Esta exposição permite-nos antes de mais experimentar e tomar contacto com uma realidade da vivência da fé em Portugal, que é a sua devoção profundamente mariana. Para quem vem do Santuário de Fátima, é muito interessante ver todas estas ligações da piedade mariana que vai percorrendo todo o território nacional”, realçou padre Carlos Cabecinhas, em declarações à Agência ECCLESIA.

Na Paróquia de Fátima, para além do santuário da Cova da Iria, existe também o Santuário de Nossa Senhora da Ortiga, que José Sá Fernandes desconhecia, por exemplo, mas o reitor salienta que é “historicamente bastante relevante”.

“Esse santuário continua a ser um santuário com sua vitalidade própria e a verdade é que há muitos peregrinos que fazem, por exemplo, o percurso do Santuário da Ortiga, igreja paroquial e Santuário de Fátima na Cova da Iria”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas, lembrando que, na JMJ Lisboa 2023, uma das propostas que fizeram aos jovens “foi precisamente um percurso pedonal a partir do Santuário da Ortiga e chegar ao Santuário de Fátima.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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