Estratégia para emprego e desenvolvimento local deve passar por mudança social e cultural
Lisboa, 18 jun 2013 (Ecclesia) – A Cáritas Portuguesa lançou hoje em Lisboa um estudo no âmbito da promoção do emprego e dinamização do desenvolvimento local, no qual se destaca a importância de criar uma dinâmica socioeconómica mais atenta às pessoas.
A estratégia para a “inclusão social” foi apresentada no auditório da sede do Banco de Portugal, durante o seminário ‘A Economia Social, o Emprego e o Desenvolvimento Local’, que a Cáritas Portuguesa está a promover.
Segundo Carlos Medeiros, da IPI Consulting Network Portugal, entidade responsável pelo estudo, essa dinâmica deve ter como agentes próximos o Governo, as autarquias, as empresas e instituições sociais.
O especialista sublinhou a importância de dar à Economia Social um “papel central” no combate à crise, “a maior dos últimos 50 anos”.
Para isso, acrescentou, é necessária “uma mudança social e cultural que favoreça políticas centradas nas famílias e comunidades, nos seus contextos, envolvendo agentes públicos e privados”.
Carlos Medeiros admitiu que já existem projetos deste género, mas disse que muitas vezes estes “carecem de continuidade” e são condicionados por uma “deficiente articulação entre as instituições sociais e as entidades públicas”.
O responsável deu como exemplo ações de formação profissional, que “depois não têm correspondência em termos de obtenção de emprego”.
Além de uma política que favoreça o regresso às profissões tradicionais, como por exemplo a serralharia e a carpintaria, o trabalho apoiado pela Cáritas elege também como áreas prioritárias para a dinamização social e do emprego a “economia ambiental” e o “setor branco”, ligado à saúde e à assistência social.
JCP/OC